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Febre dos dublados

Câmera clara 267

Por Luiz Joaquim | 09.01.2012 (segunda-feira)

Numa conversa semana passada com uma adulta interessada por cinema (e frequentadora de cinema) o tom era de lamento. Quase desabafo: “Você devia fazer uma matéria sobre o absurdo da dificuldade de encontrar filmes legendados nos cinemas”, ela dizia. De fato, como já comentamos nesta Câmera Clara, o que antes era exceção – filmes não apenas para crianças mas também para adultos dublados – vem virando “regra”. No panorama nacional, um percental alto, por volta de 40%, das cópías de títulos estrangeiros que chegam ao multiplex, chegam dublados. E a incidência sobe nos períodos de férias escolares. Não é raro também ver multiplex com todos os filmes, em todas as sessões, de todos os dias da semana, programados apenas com filmes dublados. Foi o caso do complexo de Caruaru há três semanas, o Centerplex. Se alguém, naquele período, quisesse ver uma obra legendada em uma das quatro salas de lá, não teria essa opção. Na capital pernambucana, para esta semana – entre 6 e 12 de janeiro -, o complexo do Grupo Severiano Riberio no Shopping Boa Vista programou apenas uma sessão com legendas (das 143, de filmes estrangeiros). É a de “A Pele que Habito”, às 20h30 na quinta-feira, dia 12. No Shopping Tacaruna, nas salas da UCI/Kinoplex, é também, habitualmente, preciso prestar bastante atenção para encontrar sessões legendadas. O bom dessa história é que ninguém precisa explicar muito para entender este fenômeno. A própria reclamante chegou a sua resposta: “a classe C e D têm consumido mais, e está chegado também às salas de cinema”. A TV paga também passa pelo mesmo processo. A notícia é, na verdade, boa mas, para o bem do cinema e daqueles que vão às salas de cinema há 30, 40, 50 anos (e por conseguinte, querem filmes lengendados) o ideial seria ter um equilíbrio entre cópias com legendas e sem elas.

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O melhor do ano
A Associação Brasileira de Críticos de Cinema (Abraccine) divulgou na sexta-feira (6) sua escolha para os melhores filmes de 2011. O melhor estrangeiro eleito foi “A Árvore da Vida”, de Terrence Malick. O melhor brasileiro foi “Transeunte”, de Eryk Rocha, e o melhor curta-metragem nacional foi “Praça Walt Disney”, de Renata Pinheiro e Sérgio Oliveira. “A votação para o Prêmio Abraccine mobilizou, dos seus 80 associados, 53 críticos de cinema vindos de 10 estados brasileiros, que representaram todas as regiões do País”, afirma Luiz Zanin Oricchio, presidente da entidade.

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SIC 2012
A Prefeitura do Recife publicou o edital de abertura das inscrições para o Sistema de Incentivo à Cultura (SIC) 2012. As inscrições podem ser feitas até 31 de janeiro de 2012, na Rua das Águas Verdes, 08 – Pátio de São Pedro – bairro de São Jose, na sede do Conselho Municipal de Política Cultural, das 9h às 17h. Os proponentes de cada um dos nove segmentos – Música; Artes Cênicas (Teatro, Circo, Ópera, Dança, Mímica e Congêneres); Fotografia, Cinema e Vídeo; Literatura (inclusive cordel); Artes Gráficas e Artes Plásticas; Artesanato e Folclore; Pesquisa Cultural; Patrimônio Histórico e Patrimônio Artístico – devem preencher um formulário e anexar a documentação solicitada no edital. O resultado será publicado em até 60 dias após o término das inscrições. Outras infos em (http://www.recife.pe.gov.br/pr/seccultura)

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