X

0 Comentários

Críticas

Viagem 2: A Ilha Misteriosa

Matinê acertada

Por Luiz Joaquim | 03.02.2012 (sexta-feira)

“Viagem 2: A Ilha Misteriosa” (Journey 2: The Misterious Island, EUA, 2012), filme de Brad Payton que estreia hoje, é o que se pode chamar de um “filme pipoca” (usando o termo de forma positiva. Sim, ele pode ser usado assim) que se apresenta em sua melhor forma. Se preferir, é só enxergá-lo como uma atualização das antigas matinês, que levavam logo cedo as crianças e adolescentes aos cinemas para se divertirem apresentando paisagens exóticas, com monstros e aventuras impossíveis.

O jovem Payton parece estar subindo um degrau de cada vez em sua carreira. Depois do fraco “Como cães e gatos 2: a vingança de Kitty Gallore” (2010), ele fez alguns gols nesta “Viagem 2”. O primeiro foi esquecer os bichos falantes e trabalhar com humanos. Seu protagonismo é destacado por um núcleo familiar desestabilizado que vai encontrar o balanço durante a aventura.

Esta família é formada pelo adolescente Sean (Josh Hutcherson) órfão de pai que viaja contra a vontade com o padrasto Hank (Dwayne Johnson, também produtor do filme) para uma ilha misteriosa. Na verdade, um lugar evitado por todos em pleno oceano pacífico. Eles seguem em busca do avô (Michael Caine) de Sean, dado como desaparecido há 30 anos. Entram na aventura um piloto de helicóptero (Luis Gusmán) e sua filha adolescente (Vanessa Hudgens).

O condimento da aventura já é dado desde o início, quando Sean e Hank encontram as coordenadas para chegar ao local pelos mapas de dois livros clássicos de Júlio Verne “A Ilha Misteriosa” e “Vinte Mil Légas Submarinas”) e um de Jonatha Swift (“As Viagens de Gulliver”). Uma vez na ilha, as informações se fundem com a mítica história da ilha de Atlântida.

Apesar de soar esquisita esta salada de fábulas, é justamente pela dosagem adequada da essência mirabolante que cada uma destas histórias possui que faz de “Viagem 2” um enredo constantemente curioso em seu desenvolvimento. O roteiro de Brian e Marc Gunn só peca com uma certa pressa em fazer o raciocínio dos personagens ser rápido o suficiente para não entediar a plateia juvenil. Por exemplo, soa charlatão a simplicidade como Sean e Hank descobrem o endereço da ilha ainda no início do filme.

Mas a fragilidade é logo suplantada quando a ilha torna-se o cenário de correrias e fugas. A primeira delas – de um lagarto gigante -, já um bom cartão de apresentação para o que vem a seguir. Ao contrário do filme anterior – “Viagem ao Centro da Terra”, rodado em 2008 por Eric Brevig e estrelado por Brendan Fraiser -, este “Viagem 2” acerta e ainda oferece bons efeitos 3D. A chamada para o “Viagem 3” também já está garantida, e o destino será a lua.

Mais Recentes

Publicidade

Publicidade