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Críticas

Anjos da Noite: Despertar

Videogame sem joystick

Por Luiz Joaquim | 02.03.2012 (sexta-feira)

Começa a projeção de “Anjos da Noite 4: O Despertar” (Underworld: Awakening, EUA, 2012) e somos submetidos a um resumo alucinado e ultra-veloz dos três filmes anteriores. Cada sequência de imagens dura apenas dois segundos na tela (cronometramos) mostrando tiroteio, pancadaria, gritos, monstros e explosões, ao mesmo tempo em que uma voz narra toda a história do passado. O espectador já se vê, então, muito, muito cansado antes mesmo do filme iniciar. E o filme começa.

Dirigido pelos suecos Mans Marlind e Bjorn Stein, este “Despertar” traz de volta a vampira Selene (Kate Beckinsale, aos 38 anos). Ela não sabe, mas acorda 12 anos após os acontecimentos do filme anterior. Selena foi mantida congelada neste período como uma das cobaias por cientistas humanos após o extermínio que aconteceu no passado, supostamente extinguindo todos os vampiros e seus inimigos históricos, os lycans (uma palavra inventada para lobisomens).

Acontece que a outra cobaia mantida era o lycan por quem Selene se apaixonou e dele gerou, sem saber, nestes 12 anos, uma filha, Eve (Índia Eisley). Eve viria a se tornar um híbrido das duas raças, um ser de poder nunca antes visto, sendo um objeto do desejo dos Lycans que sobreviveram ao extermínio. A função da agora mãe Selene será então proteger a menina. Ainda nesse imbróglio está o ótimo ator Stephen Rea (“Traídos pelo Desejo”, “Fim de Caso”) passando vergonha como um cientista lelé que quer ter os mesmos poderes dos monstros.

É isso do que se trata “Anjos da Noite 4”. Enquanto a violência corre desembestada e sem rumo na tela, o espectador fica com aquela sensação, cada vez mais comum no cinema de Hollywood, de que está assistindo um videogame de alta resolução, mas não tem o controle dos joystick.

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