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Críticas

Guerra É Guerra

E a CIA vira uma agência de românce

Por Luiz Joaquim | 16.03.2012 (sexta-feira)

São esquisitas as ideias de relacionamento amoroso e de amizade que Hollywood vende. E não é de hoje. Um novo exemplar chega aos cinemas para engrossar este rol de esquisitice. Em “Guerra É Guerra” (This means war, EUA, 2012), de McG (de ”As Panteras”), os atores Chris Pine e Tom Hardy, com seu déficit de carisma, interpretam Franklin e Tuck. Eles são dois agentes da CIA e são mais que amigos – segundo que dizem, até levariam um tiro pelo outro. Emocionados com toda esta harmonia, começam a desejar que esta sintonia (sic) se estenda a questão mulher (!).

Tuck, na verdade, já tem um filho com uma ex-namorada e é ele quem dá partida a ideia de um relacionamento sério, para o espanto de Franklin, com uma nova garota. Este é um solteirão convicto, na verdade desrespeitoso. É dele o comentário “como é nojento quando dois velhos se beijam”, referindo-se aos próprios avós, felizes numa festa.

Decidido, Tuck entra em um site de relacionamentos e marca um encontro com Lauren (Reese Witherspoon, em mais uma performance insossa). Relaxada com a solteirice, o perfil de Lauren foi parar na internet por obra de sua amiga – esta, cansada de vê-la sozinha, só se dedicando ao trabalho. Tuck e Lauren se encontram e gostam do que vêem. O detalhe é que na mesma noite Franklin casualmente também conhece Lauren e se interessa por ela.

A coisa começa a entrar no absurdo quando eles se dão conta que estão interessados pela mesma pessoa. Já que são “mais” que amigos, Franklin decide sair de campo e deixar Lauren para Tuck conquistá-la, isto até Tuck deixar escapar que Franklin não teria mesmo chance. O sussurro é o suficiente para ferir a honra do macho e os dois decidem brigar pela fêmea.

O que se segue são uma série de sequências em que os dois usam a estrutura da CIA, com escutas e câmeras escondidas, para espionar a garota e descobrir a melhor forma de conquistá-la.

Não podemos esquecer que lá em um longínquo segundo plano da história, há um bandido Heinrich (Til Scheweiger, pagando mico para fazer cara de mau), servindo apenas como mote para tiros, correrias em ritmo epiléptico (como na abertura) e, principalmente, para ao final dar a chance de Lauren escolher entre um ou outro agente paspalhão e sem charme. Triste, muito triste.

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