Lorax: Em Busca da Trúfula Perdida
Ecologicamente correto
Por Luiz Joaquim | 30.03.2012 (sexta-feira)
Não é fácil avaliar um filme como esta fábula infantil moderna, “O Lorax – Em Busca da Trúfula Perdida” (“Dr. Seuss’ The Lorax”, EUA, 2012), uma animação lançada pelos estúdios da Universal (que inaugura selo de 100 anos de aniversário). Isso porque esta adaptação para o cinema do livro infantil homônimo do americano Theodor “Dr. Seuss” Geisel é notadamente um trabalho voltado para criancinhas e o roteiro do filme por alguns momentos flerta com a sutileza de um humor o qual só os mais velhos alcançam.
Tal dubiedade dificulta olhar para “O Lorax”, dirigido por Chris Renaud e Kyle Balda, e entender para que lado ele quer apontar. O pêndulo, de qualquer forma, inclina com mais força mesmo para o lado dos pequenos. Até porque era para eles que essa direta mensagem ecológica queria falar na versão original do livro.
O Lorax do título é o espírito das árvores, que no filme ganha a forma de um animalzinho pequeno, não-identificado, velhinho, bigodudo e de pêlo alaranjado que aparece quando o Vale da Trúfula – local idílico cujas árvores lembram algodão doce – é ameaçado com a chegada do jovem Ildo. Este quer derrubar as árvores para conseguir a matéria-prima de sua invenção que o deixará milionário.
A história do Lorax contra Ildo, entretanto, é contada pela lembrança de um Ildo já velho, vivendo sozinho num Vale da Trúfula devastado. O velho Ildo recebe a visita do garoto Ted, que fugiu de Sneedville, uma cidade industrial onde tudo é artificial. Lá, até o ar puro é vendido em garrafa.
Ted vai atrás do velho Ildo porque escuta que ele é o único que pode lhe ajudar a encontrar a semente de uma árvore com a qual ele pretende presentear a garota de seus sonhos. Seu nome é Audrey, e é louca para plantar uma árvore da verdade.
“O Lorax: Em Busca da Trúfula Perdida” é bom entretenimento e talvez seu maior trunfo seja passar a mensagem ecológica para o espectador pequenininho de maneira autenticamente infantil. Destaque para a paisagem visualmente rica do Vale da Trúfula no passado, quando era colorido e habitado por bichos estranhos e engraçados, como os Cisnes Cismados, os ursos Barbalutes e, o melhor deles, os peixinhos dourados que cantam. Difícil não rir com estas criaturas esquisitas e felizes.
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