22o. Cine Ceará (2012) – premiação
Pequenos comentários sobre a premiação cearense
Por Luiz Joaquim | 11.06.2012 (segunda-feira)
FORTALEZA (CE) – Foi uma premiação, como se diz ‘pulverizada’, a concedida pelo júri oficial do 22o Cine Ceará: Festival Ibero-americano de Cinema, que aconteceu na noite de sexta-feira no Teatro José de Alencar.
Sendo a premiação discutida por um corpo de cinco integrantes – Ana Maria Bahiana (Brasil), Alexis Grivas (Grécia), Irma Dulmers (Holanda) e Nelson Wainstein (Uruguai), presidido por Alberto Durant (Peru) –, o troféu Mucuripe chegou a quase todos os realizadores, sendo o melhor filme o chileno “Violeta foi Para o Céu”, lembrado também pelo roteiro e montagem.
A primeira estranheza pelas opções do júri veio quando foi anunciado o título de melhor atriz para a cearense Graziele Felix, protagonista do cearense “Rânia”. Apesar da boa performance da não-atriz Graziele, ninguém parecia duvidar, nessa categoria, da supremacia de Francisca Gavilán como Violeta.
O melhor ator também foi um surpresa, quando se considerava a hipnótica participação de Irandhir Santos em “Febre…”. O título foi para o (bom) argentino Luiz Ziembrowski, por “Um Amor”.
Claudão saiu de Fortaleza com dois Mucuripes – melhor direção e trilha sonora (Jorge du Peixe) – além do prêmio Oscarito, da Câmara Municipal de Fortaleza, dedicado a melhor expressão nordestina no festival.
Outro impacto causado na premiação foi dado pela escolha da fotografia, quase publicitária, do espanhol “Bertsolari” como a melhor, contrastanto com o rebuscamento do que Walter Carvalho mostrou em “Febre…”.
Ainda foram lembrados o mexicano “Prazo de Validade” – melhor som e prêmio da Associação Brasileira de Críticos de Cinema (Abraccine) -, e o equatoriano “Em Nome da Filha” pela direção de arte.
Entre os curtas-metragens, a avaliação ficou à cargo dos brasileiros Adilson Mendes, Arthur Frazão, Márcio Ramos, Valderi Duarte com o cubano Jorge Molina Enríquez (ator de “Juan de Los Muertos”). Este júri oficial preferiu titular – para o espanto de todos – o inofensivo “Os Lados da Rua”, de Diego Zon, do Espírito Santo, como melhor filme. A Abraccine sagrou o pernambucano “Dia Estrelado”, de Nara Normande, como o melhor filme do festival.
Após a premiação, foi exibido, para uma plateia vibrante, e pela primeira vez em Fortaleza, o genial longa-metragem cearense “Cine Holliúdy”, de Halder Gomes.
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