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Fiebre de Ratón

Febre do Rato no Ceará

Por Luiz Joaquim | 11.06.2012 (segunda-feira)

Há sempre no festival ibero-americano do Cine Ceará, com sua última edição encerrada sexta-feira, uma tropa de críticos latinos de diversos e respeitados jornais estrangeiros, o que nos dá um belo painel de distintas leituras para o filme brasileiro. A recepção do estrangeiro vem, logicamente, carregada da própria cultura do jornalista. Do Uruguai, entre outros, esteve em Fortaleza o divertido e competente Fernando Palumbo do “Diario La Juventude”. No seu periódico, Palumbo escreve sobre “Febre do Rato”, de Cláudio Assis: “A expressão Nordestina quer dizer algo assim como se estivesse fora do controle. E se traduzirmos para o espanhol, ´Fiebre de Ratón´ não sairia tão compreensível se não abordarmos a expressão pelo seu lado simbólico… O enquadramento fotográfico desta metrópole do Norte (sic) do Brasil, iluminado por Walter Carvalho, é um verdadeiro desfrute do preto e branco, que nos estimula a pensar num mundo alta e socialmente contrastado… Se respira, permanentemente, um ritmo envolvente em toda a fita, que nos brinda com espaços para respirar sem concessões dramáticas, a partir de uma câmera hábil em 35mm que busca lugares nada hospitaleiros”. O ótimo e extenso texto do colega Palumbo segue elogioso ao filme de Cláudio Assis, comprovando a universalidade dessa obra que em breve estará no circuito comercia de exibição. Para ler mais: acessar a edição de 5 de junho de ( http://www.diariolajuventud.com.uy/ )

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O “novo” Assis
Em entrevista coletiva, Cláudio Assis falou sobre nobre projeto: “Vai falar de a violência de uma juventude que invade o mar, e o retorno do mar, que invade a Terra”. E avisa: “Vai ser forte”.

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Assis Barreto
Na mesma entrevista coletiva, a produtora homenageado do 22º. Cine Ceará, Lucy Barreto, deu um recado ao Cláudio Assis: “A ´Febre…´é sua produção mais caprichada, sutil e sofisticada. Quero fazer um filme com você. E a gente vai chegar lá. Eu sou persistente”, brincou sorrindo.

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Haneke
Jean-Thomas Bernadini, distribuidor do novo filme vencedor da Palma de Ouro em Cannes, de Michael Haneke – “Amour” – comentou um história pouco conhecida. Disse que o diretor austríaco tinha duas opções feitas para o seu anterior “A Fita Branca”, que também ganhou em Cannes. “Haneke tinha uma versão em cor pronta pra lançar no circuito comercial de ‘A Fita Branca’. Mas o filme ganhou Cannes em P&B, como ele queria, e daí ficou a vontade para jogar o filme assim mesmo no mercado”.

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