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Sobre chuva e cinema

Câmera clara 287

Por Luiz Joaquim | 16.07.2012 (segunda-feira)

Semana passada o jornal inglês “The Guardian” publicou uma matéria que batia com o clima recifense chuvoso da sexta-feira passada. Em “Por que os cinemas adoram finais de semana molhados” o texto explica que a indústria ainda depende, perigosamente, do clima. Num filme independente, é estimado que mais de 40% de potencial no fim de semana de abertura para seu lucro pode desaparecer se houver um sol forte e brilhando no céu. Clare Binns, programadora lá da Inglaterra, do Picturehouse Cinemas, diz que, ao contrário da maioria dos britânicos ela deseja por um tempo ruim nos céus londrinos. “É melhor para as salas de cinema. Sei que sou a mais miserável das pessoas, mas adoro quando chove”, e continua: “Não são pelos raios de sol por si que programadores temem, é o jeito inesperado que ele chega. Se você tem um verão inconstante, com sol numa semana e a ausência dele no outro, o público não se acostuma com o bom tempo. E assim que o tempo melhora, eles vão para um parque”. Não muito diferente da lógica londrina, com sol, o recifense não vai ao parque, mas prefere a praia ao cinema. O detalhe é que as chuvas aqui não empurram o espectador para os cinemas tanto quanto o fazem na Inglaterra. No Recife, nem precisa muita chuva para a cidade virar sinônimo de alagamento e mais engarrafamento, o que acaba por estímulo o potencial frequentador a ficar em casa mesmo. Uma pena.

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DANÇA
O mais grave acidente radioativo brasileiro, o “Césio 137”, ocorrido em 13 de setembro de 1987, em Goiânia, serviu de mote para a produção do videodança “Rua 57, número 60, Centro” (foto), que exibe gratuitamente no próximo sábado (21), às 18h no Teatro Arraial (rua da Aurora, 457, Boa Vista). Com nove minutos de duração e direção de Michael Valim, o trabalho é uma produção colaborativa entre o grupo musical Vida Seca e o ¿por quá? grupo de dança, de Goiânia, que chega ao Recife nesta semana através de projeto incentivado pelo Prêmio Muniz, da Funarte. A exibição do videodança integra a palestra audiovisual: “A porquaria de Ser Artista de Dança”.

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DINHEIRO PÚBLICO
A RioFilme anunciou semana passada o valor a ser liberado pelo Fomento Audiovisual Carioca (FAC). A soma chega a R$ 15,2 milhões, que vem da Secretaria de Estado de Cultura do Rio e coloca a instituição como o maior investidor local por meio de edital, perdendo apenas para investidores do Governo Federal (Agência Nacional do Cinema, R$ 213,5 milhões, e a Secretaria do Audiovisual, com R$ 17,9 milhões). Em 4º lugar aparece a RioFilme (do município) com R$ 15,1 milhões; em 5º o BNDES (R$ 14 milhões), e em 6º a Secretaria Estadual de Cultura de Pernambuco (R$ 11,5 milhões), que está a frente de Paulínia (9,5 milhões) em 7º, e da Petrobras (com R$ 9 milhões), em 8º.

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VALEU BOI!
Novo trabalho de Gabriel Mascaro (foto acima), “Valeu Boi!” entrou na pré-seleção – junto a outros 15 roteiros – dos projetos que concorrem ao edital de longa-metragem de baixo orçamento. O edital tem R$ 12 milhões, dois quais são divididos por R$ 1,2 milhão por projeto. Gabriel deve passar agora por um pitching – apresentação de defesa do projeto – para bater os concorrentes e arrebatar de fato o prêmio.

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