23º Fest Curtas SP (2012) – abertura
O mundo em curtas
Por Luiz Joaquim | 23.08.2012 (quinta-feira)
Consagrado mundialmente, o Festival Internacional de Curtas-metragens de São Paulo é certamente o mais importante da categoria na América Latina. Dá partida hoje – e segue até sexta-feira – a sua 23ª edição. O evento, que acompanha a natureza de gigantismo paulistano, neste ano apresenta cerca de 180 filmes inéditos além de outros já lançados em eventos como o recém-encerrado Festival de Gramado. As sessões são distribuídas por sete salas da capital paulista.
O apuro da programação do festival montado pela produtora Kinoforum, dirigida por Zita Carvalhosa e responsavél pelo festival, se reflete já na apresentação de Serge Bromberg, curador, restaurador e cineasta francês que reúne um dos maiores acervos de filmes antigos do mundo. Ele vem ao Brasil para uma apresentação única, com a exibição de várias pérolas de seu acervo, acompanhadas ao piano, ao vivo.
A distribuição dos filmes se dá por três programas temáticos: o latinoamericano, o brasileiro e o especial. No brasileiro (com as mostras Brasil, paulista, cinema em curso – filmes vindo de universiadades – oficina Kinoforum e KinoOikos Online), há pelo menos um lançamento pernambucano, dirigido pela diretora Mariana Lacerda (de “Menino Aranha”, 2008). É “A Vida Noturna das Igrejas de Olinda”.
O filme tem montagem de Marcelo Pedroso, que também participa como narrador da história ao lado Hilton Lacerda, Jr. Black, Emilie Lesclaux e W. J. Solha (estes últimos produtora e ator de “O Som ao Redor”). Mariana explica que o curta fala “sobre relatos que as paredes da cidade testemunham, testemunharam. Memórias que podem ser ouvidas, entendidas, se assim quisermos. Um filme que, creio, toca no que andamos pensando muito acerca das construções de nossas cidades: se a perdemos, deixamos de ter a nossa própria história”.
No Programa Especial, o festival é dividido nas mostras Feminino Plural, Semana da Crítica (com curadoria de Cannes), Sessão Comodoro (homenageando Carlos Reichenbach), Por uns minutos a mais, Homofobia: os outros somos nós, Midiativismo, Cachaça Cinema Clube (carioca), Dark side, Mostra infanto-juvenil, entre outras. O Recife chegou a receber uma versão itinerante (e reduzida) do Festival. Foi entre 2003 e 2006, sendo exibida no Cineteatro do Parque, então sob a coordenação de Marco Enrique Lopes.
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