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Críticas

À Beira do Caminho

Nova chance no Recife

Por Luiz Joaquim | 10.08.2012 (sexta-feira)

Exibido em abril com problemas no áudio da projeção do 16º Cine-PE: Festival do Audiovisual, o novo filme de Breno Silveira, “À Beira do Caminho” (Brasil , 2012), chega aos multiplex. Antigo projeto do diretor, celebrado por “2 Filhos de Francisco” (2005), a obra foi criada a partir de um argumento peculiar que caiu em suas mãos. O enredo narra a história de um músico João (vivido por João Miguel) que resolve viajar pelo Brasil como caminhoneiro por conta de um trauma. O curioso aqui é que a problemática que amarra o roteiro foi toda criada a partir de canções de Roberto Carlos.

Breno revelou que quando teve acesso à ideia decidiu que ia fazer um filme com a mesma atmosfera das músicas do Rei Roberto, sendo objetivo, linear e direto ao que interessa: aquilo que é sentimental. Foi feito para emocionar e o foco está nos amores e na família. O próprio cineasta contou que tinha uma ligação com estas canções. E a ligação só aumentou quando Breno, segundo disse em entrevista, viveu uma fatalidade em sua vida que se assemelhava com a do personagem de João Miguel.

Agora nas salas de cinemas é uma boa oportunidade para rever o filme no Recife sem os problemas que o afetaram no Cine-PE – cuja sessão não chegou a empolgar o públido de então. Com fotografia requintada de Lula Carvalho e os atores João Miguel e o garoto Vinícius Nascimento em perfeita comunhão, a história do músico que desiste da vida passada por um trauma amoroso e passa a rodar de caminhão pelas estradas do Brasil parece pecar mesmo é pelo ritmo.

Há, sem dúvida, um cuidado na orquestração das informações liberadas pelo montagem – só aos poucos vamos conhecendo sobre o passado de João e Duda (Nascimento) – mas talvez seja mesmo essa economia de informações que atrase, enfim, o envolvimento da plateia com o drama.

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