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Críticas

Vizinhos Imediatos do 3º Grau

Quarteto trapalhão quer ordem no melhor bairro do mundo

Por Luiz Joaquim | 14.09.2012 (sexta-feira)

“Vizinhos Imediatos do 3º Grau” (The Watch, EUA, 2012), filme de Akiva Schaffer, é mais um produto cujo sentido pleno só poderá ser compreendido (mas não necessariamente aceito) pela própria sociedade que o criou. Esta comédia, protagonizada pelas estrelas Ben Stiller, Vince Vaughn, Jonah Hill e mais o cineasta (aqui atuando) Richard Ayoade (que deu ao mundo o muito bom e inédito no Brasil “Submarine”, de 2010) espelha muito bem os valores que rege a sociedade norte-americana. Valores que, quando usados para fazer a graça, podem funcionar com adolescente, ou com quase-adultos, ainda não totalmente formados, pois a essência destes valores é a humilhação de um outro, o individualismo, o preconceito.

O filme já abre com o auto-elogio do gerente de uma loja magazine, Evan (Stiller), a respeito da pequena cidade e do país onde vive. Neste que é “o melhor lugar do universo” e tudo é perfeito acontece o assassinato brutal de um de seus funcionários – Antônio (Joe Nunez), um latino radiante por ter recebido a título de cidadão americano. Indignado, o cidadão Evan cria uma brigada de civis para vigiar seu bairro e evitar novas tragédias.

Acontece que só aparecem para sua chamada o hiperativo e deslumbrado Bob (Vaughn), o neurótico com violência que se veste com o Travis de “Taxi Driver”, Frankilin (Hill) e o inglês novo na redondeza que se une ao grupo para pegar mulher, Jamarcus (Ayoade).

Sabedor de suas limitações, “Vizinhos Imediatos do 3º Grau” mistura o gênero da comédia social com ficção científica e a salada fica ainda mais indigesta.

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