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Reportagens

Um outro padrão de exibição

Cinemark vai inaugurar seu primeiro complexo no Recife

Por Luiz Joaquim | 31.10.2012 (quarta-feira)

SAO PAULO (SP) – Com a abertura do Shopping RioMar e a inauguração até o fim do ano (data ainda não divulgada) das 12 salas de cinema do complexo Cinemark no novo centro de compras, o mercado exibidor de cinema no Recife está prestes a experimentar uma reviravolta como não vê há 14 anos.

Em 1998, a Rede UCI de Cinemas, em join-venture com o Grupo Severiano Ribeiro (GSR), abriu dois multiplex – no Shopping Center Recife e Tacaruna. Somavam-se 18 novas salas na capital pernambucana que então contava com apenas quatro em operação.

Eram elas o São Luiz, o Cineteatro do Parque, o recém-inaugurado Cinema da Fundação Joaquim Nabuco; além do Veneza, que fecharia as portas no mesmo ano, seguindo os passos do Modeno, fechado em 1997.

A novidade iniciou uma migração do espectador recifense de cinema do centro da cidade para os dois shopping centers. Era um fenômeno já conhecido mundialmente pelas grandes cidades e que o Recife começava a fazer coro. De lá para cá, os novos espaços que surgiram nunca se apresentaram exatamente como uma concorrência para o sucesso das salas UCI/Kinoplex.

Fosse pela localização em Jaboatão dos Guararapes das 12 salas no Shopping Guararapes em 2004 (hoje administradas pelo grupo Cinépolis); fosse pela simplicidade técnica das três salas (de 2006, agora sob o comando do empresário Paulo Menelau) no Executive Trade Center (ETC) na Av. Rosa e Silva; fosse pela opção de programação do Cineteatro Apolo, da Prefeitura do Recife; e não seria nunca pelo complexo do Shopping Boa Vista, cujas seis salas são administradas pelo GSR, ou do Shopping Plaza, com suas cinco salas de 2008 também da join-venture.

CINEMARK
Bem situada entre os Shopping Centers Recife e Tacaruna, as 12 salas do Cinemark no RioMar apresentam-se como uma real concorrência a até então hegemonia da UCI/Kinoplex não apenas pela localização mas também por um padrão técnico que deve chamar a atenção do espectador mais exigente

Todas as salas do Cinemark RioMar somam uma capacidade para 2.480 pessoas, sendo o menor dos espaços com 91 poltronas, e o maior com 440. Todas elas serão equipadas com tecnologia de projeção digital e seis delas com tecnologia 3D (pelo sistema Real D).

Mas a grande novidade deve ficar por conta das duas salas batizadas de Bradesco Prime, e mais uma que a Cinemark chama de Extreme Digital Cinema, ou apenas XD.

Sobre esta última, a diretora de marketing da rede, Bettina Boklis, explica que a sala tem “telas maiores que as convencionais, ocupando toda a parede, do teto ao chão. A tela chega a ser 40% maior que uma tela grande das salas convencionais. E o projetor digital é o mais brilhante do mercado, chegando a 30 mil ANSI lumens, medida de luminosidade”.

A respeito do equipamento de som dos cinemas, Bettina diz que o sistema é “customizado, desenhado e ajustado para padrões Cinemark. A sonorização da sala XD conta com 50 mil watts de potência contra 8 mil a 12 mil de uma sala convencional, além de 7,1 canais de audio”.

Assim como a data da inauguração não foi divulgada, a rede também não informou que preços planeja aplicar no Cinemark RioMar – que devem seguir uma logica local e diferente dos outros 14 estados onde atua – Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Rio Grande do Norte, São Paulo, Sergipe, Goiás, Santa Catarina, Espírito Santo, Bahia, Amazonas e Tocantins – além do Distrito Federal.

Líder no mercado exibidor, a Cinemark comemora 15 anos no Brasil. A rede representa 30% do mercado brasileiro de cinema e é maior que seus três principais concorrentes juntos, com 466 salas de cinemas em 58 complexos. E a rede ainda vai crescer. Trabalha na construção de mais quatro complexos nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro e Cuiabá

Entrevista:Bettina Boklis
Diretora de Marketing da Rede Cinemark

A praça do Recife é atraente ao grupo por que razão?
Recife se destaca por ter um mercado forte e de referência em termos de cinema, além de ser importante para a Cinemark estar presença na região do Nordeste.

Por que só agora investir na praça do Recife? Precisava de um parceiro forte?
O momento de investir na praça de Recife foi definido por questões de oportunidade e viabilidade.

Que serviços diferenciais o espectador local pode aguardar de um complexo do padrão Cinemark?
O Cinemark RioMar tem como diferencial a maior tela de cinema do Nordeste. A Rede foi a pioneira a trazer ao Brasil o Extreme Digital Cinema – XD. Fomos também os primeiros na exibição em três dimensões [digital] na América do Sul, em 2006.
Fomos pioneiras no serviço VIP em cinema no país, primeiro em São Paulo, agora no Recife com duas salas Bradesco Prime. As salas contam com poltronas elétricas, reclináveis e com descanso para os pés, dentro do conceito da classe executiva dos voos internacionais, e serviço de garçom nas salas até antes do início da sessão.
Um cardápio foi especialmente elaborado, oferecendo sanduíches como roll de frango com curry, carne com mostarda, bolinho de aipim com geléia de pimenta além de sobremesas elaboradas como churros com doce de leite e petit gateau com sorvete. Isso sem falar na carta de vinhos.

Que impacto prevê, no mercado de exibição do Recife com a chegada da rede na cidade?
Queremos proporcionar ao Recife um cinema de última geração com o que há de melhor no mercado em termos de inovação e tecnologia.

E quanto ao perfil da programação? Alguma reserva para os chamados filmes “de arte” ou “alternativos”?
Exibimos com freqüência conteúdos alternativos e diferenciados, como filmes exclusivos, exibições de competições esportivas, shows de música e espetáculos como óperas e balés.

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