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Festivais

1º Vida ao Rio das Capivaras! (2012)

O beijo de Cláudio Assis no rio Capibaribe

Por Luiz Joaquim | 24.11.2012 (sábado)

Em 2000, quando Francisco Brennand foi à cerimônia de inauguração do Parque das Esculturas situado no Molhe do Porto (arrecifes), em frente à Praça do Marco Zero, e não encontrou nenhuma autoridade ou celebridade. Sem desânimo, Brennand não teve dúvidas e leu o discurso que havia preparado para o mar. Hoje, a partir das 20h30, o espaço que abriga a Coluna de Cristal – principal escultura do artista no local – recebe o primeiro evento cultural desde sua inauguração.

A partir do projeto “Vida ao Rio das Capivaras!”, das produtoras Parabólica Brasil e Perdidas Ilusões, uma sessão do filme “Febre do Rato”, de Cláudio Assis, acontece ao ar livre, seguido pela projeção de fotográfias feitas com câmeras Kodak descartáveis (com filme, não digitais) feitas por pescadores e crianças que moram às margens do rio Capibaribe. Coordenada pela fotógrafa Maria Chaves, as imagens sob sua curadoria terão projeção hoje à noite acompanhadas ao piano, tocado ao vivo e com improviso, por Victor Araújo.

As fotos são resultados da oficina da ONG Recabiparibe. “O rio pede socorro e esse evento é um beijo e um abraço que damos nele para chamar a atenção dos políticos ao fato de que queremos comer do rio, nadar no rio, transitar pelo rio. Quando fiz pesquisa para realizar o filme, descobri gente que mora dentro das pontes. Não embaixo, mas dentro”, explicou Assis em entrevista dada na quinta-feira a Rádio Folha de Pernambuco.

No próximo ano, o cineasta quer mais uma vez aproveitar a data comemorativa do Dia do Rio Capibaribe (24 de novembro), instituída pelo Governo do Estado, para fazer um evento ainda maior e colocá-lo no calendário cultural da região. “Este ano tivemos apoio da Secretaria do Meio Ambiente e da Fundarpe. Ano que vem vamos crescer ainda mais”, prometeu.

Para hoje à noite, a partir das 20h30, um catamarã estara no Marco Zero para levar o público ao Molhe do Porto onde estarão montadas cerca de 150 cadeiras de onde se poderá ver confortavelmente o filme e o show. A estrutura conta com uma tela de oito metros de largura que recebe a imagem de um projetor digital de 7 mil ansi-lumens e som Dolby 5.1. “As pessoas podem ficar tranquilas quanto à segurança, pois sabemos que a maré estará calma e ainda temos o apoio dos bombeiros”, diz Cláudio.

O cineasta, que irá registrar o evento, promete ainda uma surpresa, digamos, luminosa para a ocasião. Ao fim da entrevista, concluiu com sua frase de efeito “Quem não reaje, rasteja”, dita pelo poeta Zizo de “Febre do Rato”, para lembrar nossa responsabilidade com o rio Capibaribe.

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