
5º Janela (2012) – encerramento
Lawrence da Arábia foi o filme final
Por Luiz Joaquim | 19.11.2012 (segunda-feira)

O 5º Festival Internacional de Cinema do Recife encerrou ontem em grande estilo com a projeção de um cinquentão com aurea de majestade: o filme “Lawrence da Arábia” (1962).
Exibido no não menos majestoso cine São Luiz, a projeção de 3 horas e 36 minutos do épico de David Lean estrelado por Peter O’toole de certa forma condiz com a dimensão de excelência cinematográfica que o festival da CinemaScopio Produções quer atingir; e para lá caminha em passos cuidadosos, tendo este ano arrebatado 12 mil espectadores.
Em 2012, mesmo com recursos reduzidos em relação a sua edição 4, o Janela conseguiu priorizar aquilo em que qualquer evento do gênero deve se concentrar: bons filmes e boa projeção (a legendagem eletrônica ainda merece um pouco de atenção). Muito se falou nos clássicos exibidos (e aqui a coordenação precisa cuidado para não se tornar refém deles no futuro), e também dos longas-metragens contemporâneos mostrados, mas vale lembrar do painel abragente e inteligente para o curta-metragem aberto pelo festival. Formato, a propósito, que inspirou o nascimento do Janela.
Entre os curtas há, inclusive, uma competição nacional e internacional das quais saíram premiados: “Sobre o Abismo”, de André Brasil (Minas Gerais), vencedor entre os brasileiros, e “Rodri”, de Franco Lolli (França) entre os estrangeiros.
Ainda pelo júri oficial venceram “Rafa”, de João Salaviza (Portugal) pelo som; “O Que Arde Cura”, de João Rui Guerra da Mata (Portugal) pela montagem; “Manhã de Santo Antônio”, de João Pedro Rodrigues (Portugal) pela melhor imagem; e “Les Cheveux Courts, Ronde” (Cabelo Curto, Gordinha e Baixinha), “Petite Taille”, de Robin Harsch (Suíça) que levaram o premio especial do júri. Outros prêmios vieram da oficina Janela Crítica e ficaram com “Quem tem medo de Cris Negão?” de René Guerra (São Paulo), “The Mass of Men”, de Gabriel Gauchet (Reino Unido).
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