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Indústria globeleza

Câmera clara 300

Por Luiz Joaquim | 10.12.2012 (segunda-feira)

Já comentamos que a maior bilheteria nacional do ano foi “Até que a Sorte nos Separe”, filme de Roberto Santucci que ficou em cartaz no Recife até quinta-feira passada. Pelo informativo Filme B, a produção, até 2 de dezembro, levou 3,289 milhões de espectadores às salas do País. Antes de sair de cartaz, os multiplex já trataram de estrear “Os Penetras”, nova globochanchada dirigida por Andrucha Waddington com Marcelo Adnet no elenco, que só na primeira semana de exibição fez 336 mil espectadores. Antes do ano acabar (dia 28) teremos “De Pernas pro Ar 2”, também cometido pelo mesmo Santucci de “Até que a Sorte nos Separe”. O que isso significa? Muitas coisas. A mais aparente é que o mais próximo perfil de um cinema industrial parece se configurar pela primeira vez, em anos, no cinema brasileiro. Sem entrar no mérito da qualidade dos filmes (esta é uma outra discussão, polêmica), o que se observa é que, nesse movimento cadenciado do entra e sai das comédias de costumes – com o dedo da Globo Filmes – e sem intervalo entre um e outro na agenda dos multiplex, vamos testemunhando um ciclo vicioso (ou viciado) entre o mercado e o espectador médio de cinema. No que dará? Difícil predizer, mas, de qualquer forma, o horizonte não parece tão bonito sendo iluminado por filmes como estes três.
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ROCHEDO NO APOLO

Em meio a tantas opções de filmes em cartaz no Recife neste fim de ano, o espectador deve ficar atento a mais uma outra disponível a partir de hoje. O longa “O Rochedo e A Estrela”,de Katia Mesel, volta a ser exibido, desta vez no Cine Apolo, até quarta-feira (e também semana que vem). No doc., a cineasta aborda a expansão do judaísmo em Pernambuco, no século 17, e lembra o período holandês em que Nassau favoreceu a liberdade religiosa, permitindo a existência de uma comunidade judaica e a fundação da primeira sinagoga das Américas. Sessões às 17h e 19h.

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ANGEL-A

“Angel-A” (2005), de Luc Besson, exibe às 20h30 desta quarta-feira (12) no Cineclube da Aliança Francesa do Recife (unidade Boa Viagem, Rua Tenente Domingos de Brito, 756). A entrada é franca para ver esta comédia romântica sobre um malandro (o ótimo Jamel Debbouze, o dentista de “360º”) endividado que tenta se matar mas é salvo por uma loira. Ambos tentam, então resolver seus problemas. Ainda no elenco Gilbert Melki e Sege Riaboukine. Mais infos: 3325.4312
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VENEZA

15 projetos foram selecionados para participar da primeira oficina da Biennale College Cinema de Veneza. São projetos de longa-metragens que vêm do Egito, Grã-Bretanha, Israel, Itália, Líbano, Filipinas, Espanha, Tailândia, África do Sul, EUA e também do Brasil. O projeto brasileiro chama-se “A Morte de J. P. Cuenca”, dirigido por João Pualo Cuenca e produzido por Melina Meliande (de “A Alegria”) na foto. Concorreram a vaga 433 projetos de 77 países. Os selecionados vão passar dez dias de Janeiro próximo em Veneza.

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