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Radicalidade a parte…

Câmera clara 299

Por Luiz Joaquim | 03.12.2012 (segunda-feira)

O cineasta alemão Werner Herzog (foto), quando esteve no Rio de Janeiro há duas semanas para participar do Festival de Cinema 4 1 comentou que o melhor para um cineasta é ver apenas dois filmes por ano. Ainda, o melhor para um cineasta, segundo o realizador alemão, é “ler, ler e ler”. Ora, não se pode levar ao pé da letra tudo o que se diz. Na verdade, o melhor a fazer é relativizar ou contextualizar o que cineastas dizem em entrevistas por aí. No caso do diretor das obras-primas “Fitzcarraldo” e “O Enigma de Kasper Hauser”, que tem formação em história e literatura, não há como ter outra coisa, além da letra, como o principal em sua vida e obra. Se pensarmos em Peter Greenaway, mais conhecido por “O Cozinheiro, O Ladrão, Sua Mulher e o Amante”, formado em artes plásticas, vamos lembrar que ele gritou para mundo, há uns cincos anos, que o cinema acabou e hoje vivemos na era das interfaces de linguagens audiovisuais. Se, por exemplo, Fraçois Truffaut (1932-1984) fosse vivo, cinéfilo que era certamente ele diria: “O melhor para o cineasta é que veja 200 filmes por ano”. Ou seja, importante mesmo é prestar atenção em quem fala (e sua origem), e não apenas o que fala. Observando isso, metade do discurso será “desvendado” e melhor aproveitado. Até porque, alguém já disse, artistas não existem, existe a arte.

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MONTREAL
O Festival Montreal Brazil Film Fest acontece no Canadá com o objetivo de tornar as produções brasileiras mais conhecidas no país. Vai exibir títulos como “Até que A Sorte nos Separe”, de Roberto Santucci, “O Palhaço”, de Selton Mello, e o documentário “Rio Anos 70”, de Patrícia Faloppa.

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CAIRO
“A Última Estação”, de Márcio Curi, foi selecionado para compor a programação do 35º Festival Internacional de Cinema do Cairo, no Egito. A produção conta a história de libaneses no Brasil, exibiu primeiro no Festival de Brasília e terá estreia em 2013, em março.

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ANCINE
A atual superintendente executiva da Agência Nacional de Cinema (Ancine), Rosana Alcântara, foi indicada pela presidenta Dilma Rousseff para ocupar a direção da agência. Para sua aprovação, precisa passar por uma sabatina no Senado Federal.

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