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Críticas

E se Vivêssemos todos juntos?

Unidos venceremos

Por Luiz Joaquim | 04.01.2013 (sexta-feira)

São cinco os septuagenário amigos que se unem para encontrar uma alternativa aos problemas do cotidiano em suas vidas de idosos em “E Se Vivêssemos Todos Juntos?” (Et Si on Vivait Tous Ensemble?, Fra./Ale., 2012); filme de Stephane Robelin que entra em cartaz hoje no Cine Rosa e Silva.

E dando consistência à história que mistura humor e questões sérias sobre a terceira idade, Stephane conta com nomes de peso no elenco como Geraldine Chaplin (também em cartaz com “O Impossível”) e Jane Fonda, mostrando sua fluência no idioma francês mais de 40 anos após “Histoires Extraordinaires” (1968). Há ainda o bom elenco frances, que forma o grupo masculino dessa turma: Claude Rich, Guy Bedos e Pierre Richard; sem falar no jovem alemão Daniel Brüehl, conhecido no Brasil por “Adeus Lênin!” (2003) e “Edukators” (2004).

Em boa sintonia, todos colaboram para deixar “E Se Vivêssemos…” afinado, tornando o filme um retrato um tanto sentimental, é verdade, de senhores e senhoras aproximando-se do apagar das luzes. Mas, se direcionado para o ponto certo, o filme funciona como ótima ressonância em algumas plateias, especialmente de idosos.

O grupo de amigos é formado pela professora aposentada de filosofia Jeanne (Fonda) e seu marido Albert (Richard), cujos melhores amigos, de décadas, são a psicóloga Annie (Chaplin) e seu marido, ativista político, Jean (Bedos). Há também o fotógrafo galanteador, e viúvo, Claude (Rich). Com os filhos criados, todos moram e vivem bem no subúrbio parisiense.

Apesar do conforto, Jeanne tem próblemas de saúde, Albert começa um processo de esclerose, enquanto o sexualmente inquieto Claude precisa de viagra para continuar visitando suas prostitutas. É quando o sentido coletivo de Jean fala mais alto e sugere ajudar os amigos de longa data a morarem sob o mesmo teto, com um ajudando o outro. O jovem Dirk (Brüehl) entra na história como um pesquisador de etnologia que vai estudar o comportamento do grupo ao mesmo tempo em que toma, dos amigos mais velhos, conselhos sobre a vida.

Não há nada de genial no roteiro de Robelin, mas ele é frouxo o suficiente (no bom sentido) para nos dar prazer em enxergarmos pelos seus personagens a capacidade humana para se apaixonar e para fazer bobagens, independente da idade. Um excesso no filme aparece nas várias conversar entre Jeanne e Dirk, cuja sexualidade está em primeiro plano, dando uma sugestões de um caminho para onde o filme iria, mas não vai.

De qualquer forma, outros motes, como o das constantes brigas entre Annie e Jean compensam a pouca (mas forte) presença de Chaplin na tela, cuja francês é impecável; sem falar na sua figura feminina tão marcante quanto a de Fonda, só que mais discreta e suave.

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