Pelo mundo, no Brasil
Câmera clara 306
Por Luiz Joaquim | 28.01.2013 (segunda-feira)
Em seminário semana passada na 16a Mostra de Cinema de Tiradentes, intitulado “Um olhar sobre o cinema brasileiro”, reunindo curadores de Cannes, Bafici, e Locarno, entre outros, o assessor internacional da Ancine, Eduardo Valente (foto), fez anúncios importantes de uma movimentação que seu departamento desenvolve. O anúncio contou que a instituição irá trazer, em três momentos ao longo de 2013, curadores de 12 festivais importantes pelo mundo. A ideia é apresentar mais profissionalmente, e mais fortemente, alguns novos trabalhos brasileiros a estes curadores, abrindo possibilidades para, alem da exposição no exterior, também co-produção. Em março estarão pelo Brasil profissionais dos festivais de Cannes e Xangai; em julho, Locarno, Veneza, Roma, Amsterdã, Toronto; no final do ano, Berlim, Roterdã, Sundace, Bafici. Fiquem atentos para mais informações na página da Ancine na internet – www.ancine.gov.br
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PRODUTOR X DIRETOR
No mesmo debate mencionado acima, a programadora da Quinzena dos Realizadores em Cannes, Anne Delseth (foto), deu o seguinte recado: “o realizador brasileiro precisa aprender a separar as funções de diretor e produtor. Um fazendo o trabalho do outro atrapalha sua circulação por festivais. São trabalhos distintos, que requerem habilidades distintas. É preciso pensar também na afiliação a uma empresa que venda seu produto no exterior (os chamados world sales). É esse profissional que vai me ligar e perguntar se eu já vi o seu filme, que ele enviou dois dias atrás, e insistir nisso”.
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PINGO D`AGUA
O diretor paraibano radicado em Caruaru, Taciano Valério (foto), começou a gravar em Tiradentes (MG) neste fim de semana o longa-metragem que encerrará o que chama de trilogia do P&B – formadas por “Onde Borges Tudo Vê” e “Ferrolhos” – ambos projetados no festival Mineiro. No elenco do novo trabalho estão Jean-Claude Bernardet, Cavi Borges e Melissa Gava, todos convocados por Taciano na própria Tiradentes semana passada.
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O APÁTICO
Diretor do curta-metragem “Mãos Mortas”, Arthur Tuoto, em debate na 16a Mostra de Cinema de Tiradentes, encerrada no sábado, comentou o quanto o incomoda perceber a insistência num fetiche pelo apático nas produções contemporâneas. É como se a imagem se bastasse por si só e o realizador acreditasse na potencia dessas imagens independente de qualquer coisa. Salvo algumas situações, o resultado é a apatia, comentou.
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