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Reportagens

Quinta-feira: dia de cinema

Mudança visa mais lucro aos exibidores e distribuidores

Por Luiz Joaquim | 21.02.2013 (quinta-feira)

Um revolução sócio-cultural e de costumes promovida pelas empresas exibidoras cinematográficas no Brasil está prestes a acontecer. A federação nacional (Feneec) que represente o grupo decidiu antecipar as estreias dos filmes das sextas para as quintas-feiras.

A mudança acontece já a partir do dia 13 de março, logo após o carnaval, quando entram em cartaz filmes como “Alemão”, de José Belmonte, distribuído pela Downtown/Paris; “Éden”, de Bruno Safadi, pela ArtHouse; e os internacionais “About Last Night”, da Sony; “Need for Speedy”, da Disney; “Prenda-me”, da Esfera/Vitrine, “Refém da Paixão”, da Paramount, e “Vampire Academy”, da Diamond Films.

A notícia já circulava nos bastidores da área desde o encontro entre a Feneec e os distribuidores num encontro em Campos do Jordão (SP), mas só foi oficialmente anunciada hoje (21) pela Feneec.

Se alguém duvida que as razões da mudança visam um maior lucro para os dois grupos envolvidos, a Feneec, em nota, justifica que: “Com isso, o Brasil segue uma realidade bem sucedida em vários países que abrem a nova programação de cinema nesse dia, como Argentina, Peru, Bolívia e Chile, na América do Sul. E países que estão entre as maiores bilheterias do mundo, como Alemanha, Rússia e Austrália”.

O presidente da Federação, Paulo Lui, destacou no site www.revistaexibidor.com.br que “a mudança pode influenciar positivamente nos resultados de filmes médios nacionais e internacionais, que nem sempre têm verba para uma comunicação pesada antes da estreia. Eles ganham mais um dia de boca a boca”.

Já Bruno Wainer, da Downtown Filmes, alertou na mesma revista que “a principal mudança fora do mercado é que os órgãos de comunicação, os jornais de serviços, etc., vão ter que se adaptar para informar os seus leitores”; enquanto Márcio Fracarolli, da Paris Filmes, alertou que apenas o frequentador de cinema é quem dirá se a estratégia vai vingar. Em suas palavras, é o público quem vai confirmar ou não o sucesso da mudança, “mas o mercado deve tentar”.

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