Amor É Tudo o Que Você Precisa
Sob o sol de Sorrento
Por Luiz Joaquim | 08.03.2013 (sexta-feira)
Se há um programa sem perigo de erro para aquele que quer agradar a companheira neste Dia Internacional da Mulher, este programa é ver o filme “O Amor É Tudo O Que Você Precisa” (Love is All You Need, Din., 2012), da dinamarquesa Susanne Bier – vencedora do Oscar estrangeiro em 2011 por “Em Um Mundo Melhor”.
Bier é da turma de Lars Von Trier, mas não tão polêmica quanto o diretor de “Melancolia”. Apesar de mais “macia” nas questões que levanta, Bier não é menos contundente. Mas sua contundência em “Amor É Tudo…” está em doses pequenas, afinal a produção romântica quer apenas acessar aspectos do amor na vida madura.
Tendo a deslumbrante paisagem de Sorrento, na Itália, como cenário, a trama vai em torno de Phillip (o ex-007 Pierce Brosnan) e Ida (Trine Dyrhom). Ele é o executivo milionário que segue para a antiga casa italiana onde o filho vai casar. No caminho tromba, literalmente, com Ida, a sofrida mãe da noiva, a cabeleireira, que está em plena crise matrimonial enquanto encerra um tratamento contra o câncer.
Neste trabalho bastante diferente do anterior, Bier agora agrega tragédias pessoas (e menos sociais) para nos indicar soluções românticas. Os acertos de Bier aqui estão na dimensão real que construiu para seus personagens, escritos por ela própria. A figura de Phillip tinha de vir representada pelo galã que é Brosan, com seu cavalheirismo e elegância, enquanto que a de Ida, pela da mulher ordinária, comum, mas que por sua bondade, amolece o coração duro do viúvo.
O contexto do casamento dos filhos na Itália remete ao filme “Mamma Mia!”, inclusive pela presença de Brosnan, mas o tom aqui é bem outro. Há melancólica e vulnerabilidades críveis aqui, o que torna tudo mais próximo e melhor.
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