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Festivais

17o Cine-PE (2013) – dia 7 (homenagem)

Dia de celebrar nosso cinema

Por Luiz Joaquim | 02.04.2013 (terça-feira)

Depois de celebrar o talento da atriz Marieta Severo, a produção do cinejornal Canal 100, e o cinema de Silvio Tendler, o 17º Cine-PE: Festival do Audiovisual hoje volta os olhos para o cinema de sua terra. Marcado para às 20h10, a primeira ação da noite será uma homenagem aos 90 anos do cinema pernambucano. “Será uma solenidade simples, mas queremos marcar esse momento”, adianta o diretor do festival Alfredo Bertini.

A homenagem prevê a revisão de imagens marcantes (por uma vinheta da parceira Canal Brasil) destes 90 anos da produção audiovisual local, que teve nos anos 1920 sua primeira visibilidade nacional pelo chamado Ciclo do Recife. “A Filha do Advogado” (1926), de Jota Soares, por exemplo, foi um dos títulos que cruzou as fronteiras do Estado chegando a ser exibido na então Capital Federal, o Rio de Janeiro.

“Será também um momento também de relembrar pessoas queridas que perdemos recentemente como o produtor Rutílio de Oliveira e o ator Jones Melo”, adianta Bertini. Rutílio participou de trabalho como os curtas “Cachaça” (1995); “That s a Lero-Lero” (1994); e nos longas “Baile Perfumado” (1997) e o inacabado “Bezerra de Menezes: O Diário de um Espírito” (2008). Sua morte no último 9 de agosto, após duas paradas cardíacadas pegou a todos de surpresa.

Jones Melo nos deixou em 22 março do corrente, aos 66 anos, também vitimizado por um enfarto. Ator reconhecido da cena teatral pernambucana há mais de 40 anos, Jones também era um rosto muito frequente nas produções cinematográficas dos anos 1990 até hoje. Esteve em “Amarelo Manga” (2002), “Baixio das Bestas” (2006) e “Árido Movie” (2004) entre diversos outros.

“Convidamos também o Fernando Spencer para, de forma simbólica representar o cinema pernambucano e receber nosso troféu Calunga”, conta Bertini. Nada mais justo uma vez que Spencer, 85 anos, conhecido como “o diretor das três bitolas” (e em 2007, também do formato digital), não só realizou mais de 30 filmes desde 1973, como conciliou a função com a de crítico de cinema; tendo carreira iniciada no início dos anos 1960 pelo Diário de Pernambuco. Teve programas em rádio, TV e também foi programador de salas de arte no Recife. Spencer ainda criou a filmoteca da Fundação Joaquim Nabuco e é considerado a figura crucial no processo de resgate dos filmes do Ciclo do Recife.

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