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Festivais

17o Cine-PE (2013) – premiação

Vendo ou Alugo, 12 troféus

Por Luiz Joaquim | 03.05.2013 (sexta-feira)

Festival de um filme só? Sempre que uma mesma produção leva mais da metade dos prêmios num festival de cinema, pode-se pensar, de cara, em três hipóteses. A melhor delas é a que o tal filme é mesmo uma obra-prima. A segunda, que o júri pode ter sido benevolente. E a terceira, que as possibilidades competitivas eram frágeis. No encerramento do 17º Cine-PE: Festival do Audiovisual, na noite de ontem (2/5), as três hipóteses surgiram em busca de um resposta quando o regular longa-metragem carioca “Vendo ou Alugo”, de Betse de Paula, saiu com 12 troféus Calungas.

Aqui no Cine-PE, “Vendo ou Alugo” foi contemplado como melhor filme, melhor direção, roteiro, atriz e atriz coadjuvante (Marieta Severo e Natália Timberg), ator coadjuvante (Pedro Monteiro), direção de arte, trilha sonora, montagem, júri popular e o prêmio da crítica, além de um prêmio especial do Júri para Carmem Verônica, Daisy Lúcidi e Ilka Soares (que interpretam no filme o trio de amigas apelidadas de “As Tartarugas”). A última situação próxima a esta no Brasil foi quando “Amarelo Manga”, de Cláudio Assis, levou todos os prêmios no 13º Cine Ceará, em 2003. Três anos depois o Cine Ceará tornou-se Ibero-americano.

No caso desta edição do festival pernambucano, se considerarmos que dos sete longas em competição, quatro eram de ficção, as alternativas tornam-se menores para as categorias ligadas à dramaturgia. O problema numa concentração tão grande de prêmios para um filme que passa longe de ser uma unanimidade, como “Vendo ou Alugo”, está em fragilizar a força do troféu. Em resumo, ser multipremiado numa competição pequena, com outros filmes frágeis, pode depor contra tanto para o filme quanto para o festival.

Os outros dois longas de ficção premiados foram “Bonitinha, Ordinária”, com João Miguel como melhor ator; e “Giovanni Improtta”, pela melhor fotografia. Entre os documentários, “Rio Doce/CDU” foi lembrado pela edição de som. Na categoria curta-metragem, não foi diferente. O paulista “O Fim do Filme” foi contemplado quatro vezes (direção, ator, atriz, júri popular e aquisição Canal Brasil). Mas o título de melhor curta ficou com “Linear”, de Amir Admoni, eleito também a melhor edição de som.

LONGAS-METRAGENS

Filme: “Vendo ou Alugo”, de Betse de Paula
Direção: Betse de Paula (“Vendo ou Alugo”)
Ator: João Miguel (“Bonitinha, mas ordinária”)
Atriz: Marieta Severo (“Vendo ou Alugo”)
Ator Coadjuvante: Pedro Monteiro (“Vendo ou Alugo”)
Atriz Coadjuvante: Nathália Timberg (“Vendo ou Alugo”)
Roteiro: Beste de Paula, Maria Lucia Dahl, Julia Abreu e Mariza Leão (“Vendo ou Alugo”)
Fotografia: Lauro Escorel (Giovanni Improtta)
Direção de Arte: Emily Pirmez (“Vendo ou Alugo”)
Trilha Sonora: Bandeira 8 – Fabio Mondego, Fael Mondego, Marco Tommasi (“Vendo ou Alugo”)
Edição de Som: Catarina Apolonio (“Rio Doce-CDU”)
Montagem: Marta Luz (“Vendo ou Alugo”)
Melhor Filme do Júri Popular: “Vendo ou Alugo”, de Betse de Paula
Prêmio da Crítica: “Vendo ou Alugo”, de Betse de Paula
Prêmio Especial do Júri Oficial: Carmem Verônica, Daisy Lúcidi e Ilka Soares, As Tartarugas (“Vendo ou Alugo”)
Menção Honrosa: Beto Martins (direção de fotografia de “Rio Doce-CDU”)

CURTAS-METRAGENS

Filme: “Linear”, de Amir Admoni
Direção: André Dib (“O Fim do Filme”)
Ator: Gabriel Bodstein (“O Fim do Filme”)
Atriz: Gabriela Cerqueira (“O Fim do Filme”)
Roteiro: José Roberto Torero (“Íris”)
Fotografia: Cauê Laratta (“A Galinha que Burlou o Sistema”)
Direção de Arte: Natalia Vaz (“A Guerra dos Gibis”)
Trilha Sonora: Sergio Kafejian (“Aluga-se”)
Edição de Som: Nick Graham-Smith (“Linear”)
Montagem: Alison Zago (“A Galinha que Burlou o Sistema”)
Melhor Filme do Júri Popular: “O Fim do Filme”, de André Dib
Prêmio da Crítica: “Íris”, de Kiko Mollica
Menção Honrosa: “Sagatio, Histórias de Cinema”
Prêmio Canal Brasil: “O Filme do Filme”, de André Dib

MOSTRA PERNAMBUCO

Melhor Curta-Metragem da Mostra Pernambuco: “Entre Lua, a Casa é sua”, de Marcos Carvalho e Edineia Campos
Menção honrosa: “Os Silenciados não Mudam o Mundo”, de Alexandre Alencar

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