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Críticas

Velozes & Furiosos 6

Correria é pouco!

Por Luiz Joaquim | 24.05.2013 (sexta-feira)

Seguindo uma tendência em filmes de ação contemporâneos, particularmente os policiais vinculados por uma franquia, como “Duro de Matar”, “Os Mercenários”, “Identidade Bourne”, “Missão Impossível”, sem falar no pai de todos, o “007” -, chega hoje aos cinemas “Velozes e Furiosos 6” (Fast and Furious 6, EUA, 2013), dirigido por Justin Lin, o mesmo dos filmes 3, 4, 5.

Esta tendência diz respeito a mudar toda a ação para um pais estrangeiro aos EUA. É quase como se o cenário norte-americano não fosse mais suficiente para a megalomaníaca aventura destes filmes. Ou como se os vilões no estrangeiro fossem mais malvados que os nativos da América.

Seja por um ou outro motivo, este V&F6 deixou o Rio de Janeiro do episódio 5 e agora foi para a Espanha. Lá, Dom Toretto (Vin Diesel) aproveita os frutos do lucro feito na capital da Guanabara e mora numa bela casa, enquanto Brian (Paul Walker) torna-se pai pela primeira vez, com sua esposa carioca.

Mas tudo se desloca rapidinho para Londres pois é lá onde está o vilão Shaw (Luke Evans) a quem o policial Luke(Dwayne Johnson, The Rock) precisa capturar. Para conseguir o feito, Luke vai buscar reforço com Dom e seu grupo. Eles, por sua vez, só aceitam entrar no entrevero primeiro para resgatar Letty (Jordana Rodriguez) – até então dada como morta -, depois para conseguir o perdão na justiça americana pelos seus crimes e voltar a viver livres em sua terra natal.

Balela à parte, o fã da grife V&F quer mesmo é ver carros envenenados correndo, ou melhor, voando, e a testosterona em ebulição. Considerando isto, o fã não será desapontado. Para começo de conversa, um filme que une num mesmo quadro os dois heróis mais inchados de Hollywood (The Rock e Diesel) pode ser chamado de tudo, menos de delicado ou sutil. Depois, esperem correria envolvendo um tanque de guerra e uma avião militar.

Mas, se o fã estiver atento entre uma perseguição e outra, ele há de perceber uma considerável falta de organicidade para conectar as pontas da história. Na verdade, a velocidade aqui não parece ser privilégio apenas dos Alfa Romeu, Land Rover, Aston Martin e dos vários Dodges que estão em cena, mas também do roteiro e montagem, que de tão rápido, tornam boa parte dos dramas em algo desimportante.

Num determinado trecho, por exemplo, toda a ação na Inglaterra muda-se de volta para a Espanha, e o pretexto é tão chulo que, se bobear, o espectador ficará tão perdido como se estivesse dirigindo no Uzbequistão sem um mapa ou GPS.

E se alguém tem dúvida que a franquia dá lucro, o mote para o V&F7 já aparece mesmo antes de subir os crédito finais deste filme seis. A próxima correria deve começar em Tóquio, cidade que serviu de cenário para o terceiro filme da série. O sétimo filme terá também mais uma careca invocada para brilhar ao lado das de The Rock e de Diesel. Será a de Jason Statham, ele será o vilão na aventura de 2014.

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