41º Gramado (2013) – selecionados
Festival acontece de 9 a 17 de agosto
Por Luiz Joaquim | 02.07.2013 (terça-feira)
Texto divulgado pela assessoria de imprensa do festival
De “Toda Nudez Será Castigada”, em 1973, a “Colegas”, em 2012, a trajetória do Festival de Cinema de Gramado acompanhou todas as fases do cinema nacional. “Se olharmos para a história do Festival, podemos saber como foi o nosso Brasil e o nosso cinema nos últimos 40 anos”, atesta o diretor Fernando Meirelles. Mais do que isso, o evento, em 1992, passou a ser também uma vitrine para o cinema latino-americano, quando adotou a internacionalização para as suas mostras.
Após a edição comemorativa de 40 anos, o Festival de Cinema de Gramado agora se propõe a fortalecer sua posição como janela do cinema latino-americano e peça fundamental para a consolidação das produções realizadas no Brasil. A edição de 40 anos, em 2012, atestou a tradição do Festival ao reaproximar o público da programação e também ao apresentar um perfil mais democrático: a figura do presidente deixou de existir, as contas e os contratos foram fiscalizados por um Conselho Gestor de Eventos de Gramado (que, em 2013, evolui para uma empresa municipal de gestão de eventos, a Gramadotur), o planejamento ficou a cargo da produtora Um Cultural e as entidades de cinema ganharam maior participação.
Todas essas ações são reforçadas na edição de 2013, junto com a exibição dos curtas gaúchos no Palácio dos Festivais, ingressos mais baratos para todas as exibições e a curadoria formada por José Wilker, Marcos Santuario e Rubens Ewald Filho. O acerto das mudanças se confirma nos dados: sessões sempre cheias (a média foi de 811 pessoas por sessão), intensa cobertura da imprensa (com 500 profissionais credenciados) e arrecadação total superior a R$ 2.500.000. Para o prefeito do município, Nestor Tissot, os números do 40° Festival mostram que o evento foi administrado nos formatos que um evento público deve seguir: “Tivemos um saldo positivo. O Festival está ainda mais fortalecido perante a opinião pública, apoiadores e patrocinadores”.
A secretária de turismo de Gramado e coordenadora geral do evento, Rosa Helena Volk, também comemora o resultado, já revelando que muito ainda está por vir: “Foi o primeiro passo de um grande projeto, que tem como foco a valorização desse importante espaço para as produções cinematográficas nacionais e estrangeiras. O carinho de todas as pessoas foi muito grande. Que isso permaneça por muitos e muitos anos”.
Na programação, estão as tradicionais quatro mostras competitivas: longas nacionais, longas estrangeiros, curtas nacionais e curtas gaúchos (Prêmio Assembléia Legislativa). As inscrições de 2013 surpreenderam: com 580 filmes inscritos, o número superou em 48% a edição de 2012. Para o curador Rubens Ewald Filho, no entanto, a evolução não está apenas na quantidade: “Muito além do aumento de inscrições, os filmes inscritos esse ano tiveram um crescimento impressionante de qualidade. Foi difícil descartar nomes da lista. Mas o resultado tem um pouco de tudo e podemos esperar um Festival mais rico em propostas de filmes”.
Longas-metragens brasileiros:
A Bruta Flor do Querer (SP), de Andradina Azevedo e Dida Andrade
A Coleção Invisível (BA), de Bernard Attal
Até Que a Sbórnia nos Separe (RS), de Otto Guerra e Ennio Torresan Jr.
Éden (RJ), de Bruno Safadi
Os Amigos (SP), de Lina Chamie
Primeiro Dia de Um Ano Qualquer (RJ), de Domingos Oliveira
Revelando Sebastião Salgado (RJ), de Betse de Paula
Tatuagem (PE), de Hilton Lacerda
Longas latino-americanos:
A Oeste do Fim do Mundo (Argentina/Brasil), de Paulo Nascimento
Cazando Luciérnagas (Colômbia), de Roberto Flores Prieto
El Padre de Gardel (Uruguai), de Ricardo Casas
Puerta de Hierro – El Exilio de Perón (Argentina), de Dieguillo Fernández e Víctor Laplace
Repare Bem (Portugal), de Maria de Medeiros
Venimos de Muy Lejos (Argentina), de Ricardo Piterbarg
Curtas-metragens brasileiros:
A Navalha do Avô (SP), de Pedro Jorge
A Voz do Poço (SP), de Patrícia Black
Acalanto (MA), de Arturo Saboia
Arapuca (SP), de Hélio Villela Nunes
Arremate (BA), de Rodrigo Luna
Carregadores de Monte Serrat (SP), de Cassio Santos e Julio Lucena
Colostro (SP), de Cainan Baladez e Fernanda Chicolet
Faroeste: um Autêntico Wester (GO), de Wesley Rodrigues
Merda! (MG), de Gilberto Scarpa
O Matador de Bagé (RS), de Felipe Iesbick
Os Filmes Estão Vivos (RS), de Fabiano de Souza e Milton do Prado
Os Irmãos Mai (SP), de Thais Fujinaga
Pouco Mais de Um Mês (MG), de André de Novais Oliveira
Sanã (MG), de Marcos Pimentel
Simulacrum Praecipiti (SP), de Humberto Bassanelli
Tomou Café e Esperou (RS), de Emiliano Cunha
Curtas gaúchos:
Armada, de Filipe Ferreira
As Memórias do Vovô, de Cíntia Langie
Catalogárgula, de Lucas Neris e Luan Salce
Codinome Beija-Flor, de Higor Rodrigues
Contrato de Amor, de Camilo Rodriguez, Leonor Jiménez e Thais Fernandes
Ed, de Gabriel Garcia
Entrevista, de Gabriel Horn
Férias, de Iuli Gerbase
Kassandra, de Ulisses da Motta Costa
L anime, de Diego Urrutia
Logo Ali ao Sul, de Marcio Kinzeski
Notícias Tuas, de Vicente Moreno
O Matador de Bagé, de Felipe Iesbick
Os Desconhecidos, de Eduardo Teixeira
Os Filmes Estão Vivos, de Fabiano de Souza e Milton do Prado
Roda Gigante, de Julia Barth
Somos Todos Ilhas, de Pedro Martins Karam
Tomou Café e Esperou, de Emiliano Cunha
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