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Reportagens

Boa Sorte, Meu Amor (premiere)

A sorte está lançada

Por Luiz Joaquim | 19.07.2013 (sexta-feira)

Depois de exibir e sair premiado do 45º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, em setembro do ano passado, o primeiro longa-metragem de Daniel Aragão, “Boa Sorte, Meu Amor”, ganhou o mundo e retorna ao Recife. A sessão do filme às 20h30 encerra hoje a mostra de 15 anos do Cinema da Fundação Joaquim Nabuco e funciona também como uma espécie de premiere da obra, que deve entrar no circuito exibidor no final do próximo mês.

O filme apresenta Dirceu (Vinícius Zinn), 30 anos, cuja origem está vinculada a uma família aristocrata do sertão nordestino. Ele mora, entretanto, no Recife, onde trabalha em uma empresa de demolição. Ao conhecer a estudante de música Maria (Christiana Ubach), passa a procurar caminhos antes relegados.

A história de Dirceu já foi apresentada a Suécia, Alemanha, EUA e Áustria. Depois de Brasília, o Brasil, viu a bela fotografia P&B de Pedro Sotero para “Boa Sorte…” nos festivais Janela (Recife), Mostra de SP, Semana dos Realizadores (RJ) e Tiradentes (MG). “O resto são festivais imprestáveis”, brinca Daniel, em tom provocativo.

Mas o realizador está atento e respeitoso com o momento delicado pelo qual vai passar esta sua produção de baixo orçamento. “Recife deve ser a primeira praça de exibição comercial. Vamos trabalhar de um modo diferente, com pessoas em outras praças fazendo quase uma intervenção urbana para divulgar o lançamento. Qualquer lançamento é um risco e tenho consciência de que trabalhamos com um filme mais artístico. Acredito porém que se houver um impulso certo, as pessoas vão se interessar em conhecê-lo”, aposta.

“Hoje em dia, um erro que muitos cineastas cometem é o de abandonar seu filme na hora do lançamento, deixando apenas nas mãos dos distribuidores”, avalia. E completa: “Como primeiro filme, o -Boa Sorte…- aposta em experiências estéticas que tem suas dificuldades com o cinema comercial. As primeiras sessões no Recife serão importantes para entender a recepção do público. Isso me motiva a pensar também como vou preparar meu novo filme [“Prometo Um Dia Deixar Esta Cidade”]. Serão como dicas para entender o quanto eles estão sintonizados ou não com o tipo de cinema que quero fazer”, concluiu.

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