Empresa ressarce espectador de cinema
Cinemark ofereceu cortesia a usuário frustrado por sessão cancelada
Por Luiz Joaquim | 08.07.2013 (segunda-feira)
Como toda nova tecnologia traz benefício, mas também problemas, algumas novas situações indesejadas nas salas de cinema que migraram da tecnologia de projeção analógica para a digital têm criado frustração nos usuários. Foi o que aconteceu na noite do sábado passado (29 de julho), quando o advogado Marcelo Santiago e o amigo Thulio Leite foram surpreendidos ao descobrir que a sessão digital das 21h do filme “Além da Escuridão: Star Trek” havia sido cancelada no Cinemark do Shopping Riomar.
“Chegamos com antecedência, às 20h30, e fomos perguntar se já era possível entrar na sala. A atendente disse que voltássemos mais perto do início da sessão. Voltamos às 20h55, foi quando ela informou que a sessão não ia acontecer e que podíamos pegar o dinheiro de volta na bilheteria. Uma vez lá, soubemos que o dinheiro não seria devolvido, porque compramos pela internet”, relata Marcelo.
Em resposta a reportagem da Folha de Pernambuco, o grupo Cinemark não entrou em detalhes sobre o que ocasionou a falha – também ocorrida numa sessão de “Universidade Monstros” do mesmo dia -, mas destacou que “em função do ocorrido, a Cinemark prontamente disponibilizou cortesias para que os espectadores prejudicados retornassem ao complexo em uma nova data”. A empresa “Ingresso.com”, dias depois, respondeu que “estornou o valor da compra no cartão de crédito [feita pelo usuário], conforme combinado com ele”. Informação que foi confirmada ontem à Folha pelo usuario.
Um dia antes do problema no Cinemark, na sexta-feira (28 de julho), a sessão digital das 23h45 de pré-estreia de “O Homem de Aço” no complexo do UCI/Kinoplex do shopping Plaza também foi cancelada por problemas técnicos, causando a frustração dos fãs do Super-homem. A assessoria de imprensa da UCI esclareceu que não foi possível descarregar o arquivo do filme no sistema de projeção. Um teste foi feito com o arquivo de um outro filme, que descarregou com sucesso, e eles confirmaram que o problema não estava no sistema de projeção, mas a sessão não pôde acontecer.
Apesar das explicações, Marcelo Santiago destaca que ainda assim há um outra forma de prejuizo para além da frustração numa situação destas. “Para estacionar no shopping paga-se R$ 6, cerca de 1/3 do valor do ingresso”. Neste caso, um dinheiro que não havia como revindicar de volta, uma vez a permanêcia no local foi além do período gratuito.
CORTESIA
Pelo código do consumidor, existem duas opções para o caso de um espetáculo cancelado. Ou o cliente acata a nova data para assisti-lo, e recebe o convite de cortesia, ou pode exigir o dinheiro de volta, e a instituição é obrigada a devolver.
ESTORNO
No caso do cliente optar pelo estorno da despesa, são três casos: se o cliente pagou em dinheiro, este dinheiro tem de ser devolvido na mesma hora. Da mesma forma se o pagamento aconteceu por débito automático no cartão. Se pagou com cartão de crédito, a transação do estorno tem de ser feita também no mesmo momento.
ESTACIONAMENTO
Se quem deu a causa da não-execução do espetáculo foi a empresa que o está promovendo, a priori, esta mesma empresa deve cobrir com as depesas do estacionamento do cliente frustrado. Se eles se recusarem a pagar, o cliente pode recorrer ao Juizado Especial Cível.
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