O Concurso
Um câncer?
Por Luiz Joaquim | 19.07.2013 (sexta-feira)
É preciso atenção para o atual momento do cinema brasileiro. Estão sendo produzidos mais filmes e, mais importante, essas obras encontram espaço nos circuitos comerciais, competindo com o cinema norte-americano. A questão é a natureza desse cinema nacional em destaque.
Os filmes que entram em cartaz são geralmente bancados pela Globo Filmes. “Concurso”, que estreia hoje, tem premissa parecida com comédias recentes da produtora. Não existe interesse em aprofundar os personagens ou investigar a narrativa: é oportunidade para repetir clichês de humor.
Na história, quatro personagens concorrem a uma vaga de juiz. Um gaúcho (Fábio Porchat), um cearense (Anderson Di Rizzi), um mineiro (Rodrigo Pandolfo) e um carioca (Danton Mello). O Brasil é um país de incrível diversidade, cada região tem peculiaridades; impressiona como “Concurso” representa apenas caricaturas exóticas, perdendo oportunidade de um humor que repensa rótulos.
É curioso como os filmes nacionais feitos com grande orçamento são tão inferiores, do ponto de vista técnico, a obras comerciais estrangeiras. “Concurso”, assim como “Minha mãe é uma peça” e “E aí, comeu?”, tem péssimas atuações, trabalho fraco de câmera e, mais importante, ausência de capacidade criativa.
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