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Críticas

Truque de Mestre

Iludindo para tentar agradar

Por Luiz Joaquim | 05.07.2013 (sexta-feira)

O grau de canastrice que os mágicos personagens em “Truque de Mestre” (Now You See Me, EUA, 2013) oferecem aos espectadores no espetáculo dentro do filme é o mesmo que este filme de Louis Leterrier apresenta às pessoas que irão aos cinemas para assisti-lo.

Explica-se: durante todo o filme, o que o enredo persegue é uma forma para desvender os truques por trás dos pirotécnicos passes de mágicas que o grupo Os Quatro Cavaleiros fazem em seus shows. O filme, por sua vez, brinca com a inteligência de seu público (subestima, seria melhor aplicado), quase como propondo um jogo de advinhação no qual distrai o espectador o tempo inteiro com falas pistas e muito truques de efeitos especias, mas pouca inteligência dramática.

Os Quatro Cavaleiros são Michael (Jesse Eisenberg), carismático lider do grupo de ilusionista que também conta com o hipnotizador Merritt (Woody Harrelson), além de Henley (Isla Fischer) e menos experiente Jack (Dave Franco, o irmão mais novo de James Franco). Eles se unem por um convite apenas sugerido no prelúdio do filme.

Um ano depois, eles são um fenômeno midiático, sendo patrocinados pelo empresário Arthur (Michale Cane). A grande atração nos espectaculos são os truque de fazem para assaltar banco à distância, além de distribuir o resultado do roubo com a platéia.

Mas o truque chama a atenção do FBI na América, pelo policial Dylan (Mark Ruffalo, claramente metido numa roubada), e da Europa pela Interpol (com Jessica Lindsey como a agente Hermia). Dylan é cético, Hermia não, e entre eles surge um românce. A dupla afilia-se ao veterano Thaddeus (Morgan Freeman), um desmistificador de mágicos que insiste que os assaltos são realizados a partir de disfarces e jogos envolvendo vídeo.

Dividido entre apresentar humoradamente a personalidade de cada um dos Quatro Cavaleiros, além dos conflitos e atrações entre os agentes do FBI e da Interpol, “Truque de Mestre” corre na sua narrativa. Corre como o jeito de falar do ator Eisenberg, que parece ter saído sem escala do set de filmagens de “A Rede Social” (2010) revelando-o no papel de Mark Zuckerberg, do Facebook.

Nesta correria, fica a imprensão que um parte considerável para deixá-lo mais interessante foi deixada sem piedade na mesa de edição de Robert Leighton e Vincent Tabaillon. Um desperdício. Uma pena.

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