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Críticas

Turbo

Para correr é preciso ser leve

Por Luiz Joaquim | 19.07.2013 (sexta-feira)

É sempre bom ver um filme objetivo, sem firulas ou invencionices. Que vai direto ao assunto e o resolve muito bem. De quebra, oferece belas imagens e personagens cativantes. Tudo isso cabe na animação da DreamWorks, “Turbo” (Idem, EUA, 2013) – estreia num longa-metragem de David Soren – em cartaz hoje no Brasil.

A história passa pelo clássico mote norte-americano do sonhador que precisa insistir no impossível para vencer os obstáculos e tornar-se um campeão. Soa desanimador citar a tão gasta fórmula hollywoodiana para falar do nosso herói Turbo, um caramujo que não se contenta com a velocidade de locomoção que a mãe natureza lhe concedeu. Mas “Turbo”, o filme, se safa muito bem das armadilhas da tal fórmula.

Fã das 500 milhas de Indianápolis, o sonho do bichinho é correr como o seu ídolo, o francês Champion. Mas Turbo é sempre convocado pelo irmão sério, Chet, a voltar à realidade lenta de sua vida de caracol.

Até que um dia nosso herói sofre um acidente e torna-se superveloz. Por conta disso, vai parar nas mãos de dois irmãos mexicanos vendedores de tacos, sendo um deles, o Tito, tão sonhador quanto o próprio Turbo. Juntos, e cercado por amigos, o grupo chega a disputa de Indianápolis para uma inusitada competição entre supercarros e um caracol.

O que poderia ser uma insuperável bobagem, ganha contornos inspiradores aqui. Isto porque, Turbo é um personagem leve, com alegria pela vida e, apesar de saber-se superpoderoso, entende que aquilo pode ser passageiro. Decide então que, como tenta explicar ao irmão, por isso mesmo vai é aproveitar o hoje, mas sem nunca esquecer de alegrar os amigos.

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