Os Estagiários
Lições de vida
Por Luiz Joaquim | 30.08.2013 (sexta-feira)
Hollywood vez por outra oferece um bom mote para um filme, e eles viram referência quando o tal mote combina com um filme de resultado cinematográfico competente. “Os Estagiários” (The Internship, EUA, 2013), de Shawn Levy (de “Uma Noite no Museu”) divide-se aqui.
A produção nos dá um ótimo tema – o conflito entre duas gerações a partir de novas tecnologias profissionais – mas peca nas opções em como contar essa história. O pecado na verdade está na limitação em roteiro bitolados norte-americano (aqui de Jared Stein com o ator Vince Vaughen).
São bitolados por invariavelmente vincular ritos de passagem do homem imaturo em tornar-se um homem maduro a partir de situações que envolvam bebedeira e se dar bem com a mulherada. Como se viver a vida para valer fosse resumido a isto.
Já a boa ideia traduz-se em apresentar Billy (Vaughen) e Nick (Owen Wilson). Eles são dois quarentões, grandes amigos e ótimos vendedores de relógio de pulso, cujo emprego vai pro espaço. No desespero, eles se metem numa competição para concorrer a uma vaga na empresa de serviços para a Internet “Google”.
Sem entender nada além do básico em tecnologia, a dupla é obrigada a trabalhar em grupo com os jovens nerds: Lyle (Josh Brener), tímido demais para paquerar a mulher que gosta; o arrogante Stuart (Dylan O Brien), a téorica Neha (Tiyca Sircar) e o traumatizado Yo-Yo (Tobit Raphael).
Nesse sentido, Billy e Nick sofrem com a esperada discriminação dos jovens, mas graças experiência de vida que possuem, mostram aos jovens que é essa maturidade que faz a diferença entre o dever cumprido e o dever bem cumprido – além de ajudá-los a superar suas limitações.
“Os Estagiários” é assim inofensivo, engraçadinho e ainda mata a curiosidade sobre o modus operandi por trás do ambiente de trabalho na gigante “Google”.
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