Percy Jackson e O Mar de Monstros
Adolescentes, ainda que semideuses
Por Luiz Joaquim | 15.08.2013 (quinta-feira)
Quando surgiu em 2010, sob os cuidados de Chris Columbus, “Percy Jackson e O Ladrão de Raios” parecia promissor. Chegava à garotada como um substituto ainda melhor que Harry Potter, uma vez que a saga do bruxinho já desenhava seu final.
Percy parecia mais simpático principalmente porque estimulava a curiosidade dos jovens para o que há de mais rico na mitologia grega. Com o filme 2, “Percy Jackson e O Mar de Monstros” (Sea of Monsters, EUA, 2013), que estreia amanhã (16/08), aquela promessa vai por água abaixo.
Desta vez sob o comando de Thor Fredeunthal, a história de Percy (Logan Lerman), descendente de Poseideon (deus dos mares), ganham ares mais extraordinários (e enfadonhos). Quase como que migrando para o tom do bruxo Potter, e menos para os mistérios dos deuses gregos.
Nesta nova aventura, Percy está no campo de treinamento de semideuses com a amiga Anabeth (Alexandra Daddario) e o fauno Grove (Brandon T.Jackson, ainda sem graça), quando descobrem que sua proteção está ameaçada por Luke (Jake Abel), o filho de Hermes, que quer ressucitar um deus do mal.
Situações corriqueiras e destoantes, como a carona numa espécie de táxi fantasma, tornam este “Percy Jackson” difícil de levar a série. De se deixar ser convencido por ele. Como mérito, há a nova adesão ao grupo de heróis na figura do irmão de Percy, Tyson (Douglas Smith).
Tyson é um cíclope do bem que, por sua diferença (de ter apenas um olho) sofre discriminação entre os colegas do acampamento. A convivência com Percy vai ensinar a Tyson que ele deve se aceitar e ser feliz do jeito que é. É um recado reto e bacana do filme aos os adolescentes que se sentem humilhados por se sentirem diferentes. Qualquer semelhança com os adolescentes trouxas, ops, humanos, não é mera coincidência.
PS – “O Mar de Monstros” é a segunda adaptação de uma série de cinco livros sobre Percy Jackson, escrita por Rick Riodan, e que virou mania nos Estados Unidos.
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