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Críticas

RED 2: Aposentados e Ainda Mais Perigosos

Mais velhos, mas não tão maduros assim

Por Luiz Joaquim | 02.08.2013 (sexta-feira)

Enquanto o mundo vê os EUA condenar Bradley Manning, o militar que tornou público documentos do governo norte-americano pelo site WikiLeaks – e chamou a atenção do mundo para as operações extremas dos Estados Unidos no exterior -, Hollywood deita e rola com a nova realidade pela qual o mundo virtual influencia na espionagem internacional. A divertida sequência “Red 2: Aposentados e Ainda Mais Perigosos” (Red 2, EUA, 2013), de Dean Parisot, é mais um título que não deixa escapar o exemplo.

Mas isto é apenas um detalhe na piadístico e simpático filme de ação que reúne mega-estrelas já não mais jovens (Bruce Willis, Mary-Louise Parker, Catherine Zeta-Jones, John Malkovich, Helen Mirren e Anthony Hopkins) para agir e brigar como jovens espiões.

Na verdade “Red 2” é um belo e rico de um clichê que faz rir porque faz graça de si próprio, daí a simpatia. Para se ter ideia, o mote de todas as correrias, aviões explodindo, carros voando e um circuito de perseguição que inclui Paris, Moscou e Londres, além dos EUA, é o mais antigo mote nos filmes deste gênero; ou seja, desativar uma bomba. Aqui ela ganha o nome de Nightshade e foi desenvolvida na época da Guerra Fria, nos anos 1970, quando os ex-agentes da CIA, Frank (Willis) e Marvin (Malkovich), ainda estavam na ativa.

Tentando levar a vida tranquila de aposentado ao lado da namorada Sarah (Parker, a melhor em cena), Frank acaba tendo de ceder ao pedido de Marvin para voltar à luta, uma vez que ambos estão sendo procurados para passar informações sobre o artefato criado por Baily (Hopkins), o “Da Vinci” das armas bélicas. Como tanto o governo americano quanto o russo tem interesse pelo Nightshade, o trio une-se a inglesa Victoria (Helen Mirren) para se defender contra a moscovita Katja (Catherina Zeta-Jones) e o mais competente mercenário do mundo, o coreano Han (Byung-hun Lee).

Em resumo, o roteiro é uma samba mal escrito, mas que não tem a menor importância neste caso, pois a melodia ainda faz dançar. É o ritmo que importa neste parque de diversão, no qual atores e público assinam um contrato prévio que diz: sorria e não pense tanto. O estofo de bons atores, empresta, claro, alguma credibilidade aos diálogos. O destaque aqui são as brigas banais do casal Frank e Sarah em pleno campo de batalha.

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