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Críticas

Smurfs 2

Aventura agora acontece na França

Por Luiz Joaquim | 02.08.2013 (sexta-feira)

“Anacronismo” é a primeira palavra que vem à mente na medida em que a banal e desatualizada história de “The Smurfs 2” (EUA, 2013), de Raja Gosnel, vai ganhando corpo durante sua projeção. O “Anacronismo” – ou “smurfcronismo”, como queiram – acontece principalmente porque a história simplória das criaturas azuis contra o vilão Gargamal (Hanz Azaria) é rasa, de personalidade monocórdica e irritantemente esticada para render como um chiclete que teima em partir.

O enredo pode ser resumido em 140 caracteres: “Em Paris, o vilão Gargamel é um mágico de sucesso. Criou as criaturas Vexy e Hackus para sequestrar a Smurfette. Assim obterá a essência dos azuis para ser mais poderoso”. Se narrado como uma chamada para a Sessão de Tarde, a descrição seria ainda mais curta: “Desta vez estes danadinhos azuis vão aprontar a maior confusão em Paris”.

À próposito, de tanto tempo dedicado às paisagens da Cidade Luz, “Smurfs 2” parece mais um tour turístico pelo capital da França. Os diversos passeios que a câmera faz para depois incluir os efeitos CGI dos bichinhos azuis sobre a imagem real soam como um grande pretexto e menos como um sentido narrativo para os intermináveis 105 minutos de projeção.

Qual a razão de um filme assim existir? Talvez a ideia hollywoodiana de que as crianças dos anos 1980, hoje adultos, queiram levar seur filhotes para ver com o que papai se divertia no passado. O provável, porém, é que tanto pai quanto filho saiam entediados da sala de cinema.

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