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Críticas

Aviões

Queda livre para a mesmice

Por Luiz Joaquim | 13.09.2013 (sexta-feira)

Fraco quer ser como seu ídolo. Com esforço, ele consegue competir ao lado do campeão e descobre que este é, na verdade, inescrupuloso. Junto a seus amigos meio bobos mas de bom coração, nosso herói vence seus desafios e supera o campeão. Provando assim que ele pode ser mais do que aquilo para o que foi feito.

O leitor já deve ter perdido a conta da quantidade que filmes que segue esta fórmula dramática quase matemática. Na categoria “animação”, o mercado hollywoodiano parece não ter pudor em repeti-la desavergonhadamente. A “nova” obra em cartaz a seguir tal cartilha é “Aviões” (Planes, EUA, 2013), nova animação da Disney dirigida por Klay Hall.

O projeto “Aviões” faz parte de um projeto do todo poderoso John Lasseter, que o iniciou em 2006 com “Carros” (e esteve por trás de “Carros 2” em 2011). No projeto, Lasseter promove um mundo habitado por máquinas, sem humanos.

No novo e nada empolgante trabalho, o herói é o pequeno avião pulverizador de plantações chamado Dusty, que sonha em tornar-se um avião de corrida intercontinental.

Dusty quer ser como seu ídolo Ripslinger, e para tanto vai treinar ao lado do atrapalhado caminhão Chug e do traumatizado avião ex-combatente Skipper. O resto você já sabe da descrição no primeiro parágro deste texto.

Não é que a fórmula iniciada em “A Fuga das Galinhas” não sirva mais. Títulos recentes como “Detona Ralph” e “Turbo” a utilizaram bem. O caso fracassado de “Aviões” está na falta de empatia do herói, dos personagens paralelos e mesmo do vilão.

Muito mais rica, envolvente e divertida que a história de “Aviões” pode ser conferida nas máquinas voadoras de qualquer episódio da série da Hanna Barbera: a “Esquadrilha Abutre”.

Falar do efeitos digitais de “Aviões” já não faz tanto sentido, uma vez os mesmo alcançaram um grau de perfeição a ponto de suas paisagens serem facilmente confundidas com paisagens reais.

Agora é esperar que a Disney lance uma espécie de sequência chamada “Navios”, sobre um barco pesqueiro que gostaria de ser um transatlântico e cruzar os oceanos. Tenha dó.

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