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Festivais

37º Mostra de SP – abertura

Edição 2013 homenageia Babenco e Ettore Scola

Por Luiz Joaquim | 17.10.2013 (quinta-feira)

Com a exibição hoje à noite no Auditório do Ibirapuera (SP) do novo filme dor Irmãos Joe e Ethan Coen, “Inside Llewyn Davis” – vencedor do Grande Prêmio do Júri em Cannes -, paulistas e cinéfilos de todos os lugares deixam ainda mais populosa a maior cidade do País graças a 37º Mostra Internacional de Cinema de São Paulo.

Sendo responsável pelo grande momento cinematográfico do ano, exibindo nesta edição cerca de 350 filmes entre hoje e 31 de outubro, a Mostra reforça uma estrutura que foi burilada ao longo de sua história.

Os numeroso volume dos raros títulos a disposição dos espectadores são divididos em cinco programas: “Competição Novos Diretores” (com o primeiro e/ou segundo longa do realizador); a “Perspectiva Internacional” (com as novidades do mundo); “Retrospectivas” (este ano com obras completas de Kubrick, Eduardo Coutinho, e o filipino Laz Diaz); “Apresentações Especiais” (com clássicos e cineastas homenageados – este Babenco e Ettore Scola); e a “Mostra Brasil”.

Em entrevista por telefone a Folha de Pernambuco, a diretora da Mostra, Renata Almeida fala o formato é consagrado, mas a cada ano é um novo festival. “A gente vai se adaptando, criando coisas novas que dão certo e no ano seguinte não podemos interromper essas boas ideias como, por exemplo, as sessões ao ar livre no Ibirapuera. Como vamos dizer ao público que não a faremos mais?”

Um das novidades em 2013 é a presença no evento do laboratório de projetos BrLab, avaliando projetos brasileiros. “A Mostra é um ambiente proprício para discutir cinema. Ano passado tivemos uma parceira produtiva com a Alemanha, e encontros com potenciais co-produtores é uma realidade a ser estimulada. Este ano um destaque é o um fórum de debates e a assinatura de um termo de intenção de coprodução entre Brasil e Coreia do Sul. Um fenômeno acontece naquele país. Lá 60% de seu mercado é ocupado pela produção deles”, destaca a diretora.

Sobre os critérios para definir retrospectivas de cineastas tão distintos quanto talentosos, Renata responde que é a lógica é a mesma de toda a Mostra. “Damos espaço tanto para consagrados como para nomes que sabemos ter valor, mas o Brasil ainda não conhece tão bem, como fizemos com Serguei Loztniza, ano passado. A Mostra tem um público jovem o achamos importante resgatar a história do cinema. Este ano vamos mostrar obras do Coutinho pouco conhecidas, como as produzidas para o Globo Repórter, sem falar que muitos garotos nunca viram um Kubrick numa tela de cinema. Ou seja, algumas retrospectivas tem até um ar de novidade”, finaliza.

RELÍQUIA – A Mostra vai promover uma sessão do filme alemão “Nathan, O Sábio”, que estava desaparecido desde os anos1930. O filme, que foi considerado um dos maiores lançamentos de 1922, e foi redescoberto apenas em 1996 com o título “O filme da Humanidade”. O drama é reconhecido na história alemã como um “manifesto humanista” que defende a “tolerância religiosa e a liberdade de ideias”.

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