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Críticas

Aposta Máxima

pôquer ligeiro e divertido

Por Luiz Joaquim | 04.10.2013 (sexta-feira)

Pôquer e cinema, já há algum tempo, combinam-se bem em função do entrelaçamento das relações que regem os dois universos. São relações que envolvem suspense, blefe e reviravoltas. As emoções da jogatina geraram alguns bons momentos na tela, já históricos, como em “Butch Cassidy” (1969) ou “Cassino Royale” de 007, entre tantos.

Hoje estreia mais um exemplar divertido e orientando seu roteiro pela lógica do jogo. É “Aposta Máxima” (Runner, Runner, EUA, 2013), dirigido por Brad Furman (de “O Poder e A Lei”) e produzido por Leonardo DiCaprio.

Distante de tornar-se um clássico do gênero, “Aposta Máxima” estrutura-se num enredo que nos leva a ver o embate entre a criatura e o criador de um império mundial no pôquer pela internet. O criador é o escroque Ivan Block (Ben Affleck, divertindo-se como o malvado da vez). Ivan é quase dono da Costa Rica – mais um país latino maltratado, agora pelo roteiro de Brian Koppelman e David Levien.

Ali Ivan criou seu império longe da lei norte-americana, que o busca pelas fraldes que promove. O herói aqui é Ritchie (Justin Timberlake, cada vez mais convicente como ator). Ele é um universitário sem dinheiro que descobre ter sido vítima do site de Ivan e sem se intimidar vai em busca do todo poderoso na Costa Rica. A coragem do jovem acaba impressionando Ivan que o convida para trabalhar com ele.

A sedução não é difícil. Ritchie irá trabalhar num aparente paraíso, ganhar muito dinheiro fazendo o que gosta, com constantes festas e muitas mulheres atraentes ao seu redor. Mas as coisas ganham uma nova dimensão quando ele é abordado pelo agente Shavers do FBI (Anthony Mackie) e é solicitado a ser um de seus informantes.

Correndo disparadamente nas informações que passa a seu espectador “Aposta Máxima” é engenhoso, mas é nesta velocidade que reside seu maior algoz. O ritmo imposto aqui não é o de uma ação real, o que distrai seu espectador. Como forma de tentar “enganar” o tempo de seu espectador, o roteiro insere algumas falas explicativas em off e termina tornando excessivo.

Se há algo de divertido aqui é ver Affleck tentando ser malvado, mas com sua cara de bom garoto não o ajudando. E se algo de triste é ver a Costa Rica ser representada como uma republiqueta qualquer. Quase um quintal sujo dos Estados Unidos. Destaque também para a participação da bela Gemma Arterton como a mulher fatal.

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