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Críticas

Kick-ass 2

Uma bobagem elaborada, parte dois

Por Luiz Joaquim | 18.10.2013 (sexta-feira)

Um produto próprio de uma cultura pautada pelo cinema, por heróis HQs, por rede sociais, ou pelo ensino médio norte-americano dificilmente não deixaria de ser bem quisto pelo público nos Estados Unidos. Foi assim em 2010 com “Kick-Ass: Quebrando Tudo”, um sucesso de bilheteria por lá que se tornaria também cultuado por aquele que se interessasse por um dos quatro temas (ou por todos eles) citados acima. A chegada hoje da sequência “Kick Ass 2” (EUA, 2013), dirigida por Jeff Wadlow, seria assim mais que esperada.

Não tão esperado talvez fosse a forma como a continuação se apresenta. Está um tanto distante da anterior, querendo firmar-se como séria, o que é problemático uma vez que ainda sustenta-se-sobre o absurdo de um adolescente sair à noite na rua com uma fantasia ridícula e imbuído de ser um justiceiro contra o mau do mundo.

A premissa é delicada desde o filme anterior, e este “Kick Ass 2” parece ainda mais confuso em decidir-se se os adolescentes devem ouvir os pais ou seguir seus “instintos” de heróis, com consequências que podem ser trágicas. É assim com Mindy (Chloë Moretz) que quer seguir como a heroína Hit-Girl, mas seu tutor Marcus (Morris Chestnut) não a permite para evitar que ela tenha um fim como o seu falecido pai, que também se fantasiava de super-herói para salvar o mundo.

Mindy é quase convencida pelo amigo Dave/Kick Ass (Aaron Taylor-Johnson, já com cara de adulto), a formar uma dupla como Batman e Robin, mas por obediência ao tutor, a menina desiste. Dave, determinado em ter parceiros, conhece pela internet outros lunáticos. Eles formam o Justiça Eterna, cujo lider é o Capitão Estrelas e Listras (Jim Carrey).

Um super-vilão também ganha força pela mente perturbada do jovem Chris (Christopher Mintz-Plasse, bem), que com a morte da mãe, decide vingar-se contra Kick-Ass e dominar o mundo. Ele tornar-se o vilão Motherfucker e também contrata uma liga do mau, cujo grande destaque é a Mãe-Russa (Olga Kurkulina).

Vale destacar como são convincentes as encenações de violência neste “Kick-Ass 2”. Ao mesmo tempo é curioso ver tanto determinação em convencer tais encenações e não agregar a elas nenhuma carga de real responsabidade a respeito – um ponto a ser considerando uma vez que os protagonistas são adolescentes que se acreditam indestrutíveis. A graça aqui não é tão engraçada, porque os estereótipos estão tão desprotegidos que até dá, com certeza, medo, e vez por outra, pena.

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