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Reportagens

1º Market.mov de Pernambuco (2013)

Um encontro de olho no mercado audiovisual

Por Luiz Joaquim | 28.11.2013 (quinta-feira)

Encerra hoje, na sede da Associação Comercial de Pernambuco (Bairro do Recife), o 1º Market.mov realizado no Estado. Desde de terça-feira (26) a iniciativa do Instituto Delta Zero vem agitando a categoria audiovisual pernambucana ao oferecer palestras e rodadas de negócios entre produtores locais e sete importantes programadores e distribuidores de conteúdos audiovisuais para TV, internet e mídias móveis. São os chamados players de canais por assinatura, ou agregadores, que vêm à região em busca de novos produtos audiovisuais para alimentar seus veículos.

É uma busca estimulada pela lei 12.485/2011, conhecida como a “Lei da TV Paga”, que obriga tais tevês a exibirem 3h30min por semana de produção audiovisual brasileiro em horário nobre. Estão no Recife representantes da Fox Brasil, Canal Brasil, Sato.Co/Netflix, Synapse/Curta, Elo Company, Box Brazil e TV Brasil.

Para Henry Galsky, do Canal Brasil, a oportunidade do evento é boa não apenas por acessar a produção pernambucana de mais perto, de maneira menos fria que o contato telefônico ou por e-mail, mas também para “reafirmar o compromisso do Canal Brasil com o cinema mais autoral”, disse. E concluiu: “Esse cruzamento entre nós e o produtor local, que o Market.mov está realizando, é fundamental para mapearmos melhor produtos com qualidade, que o mercado cada vez mais exige”.

Já para Nelson Akira Sato, da SC Comunicações Ltda – que atua no mercado desde 1989 e tornou-se o primeiro agregador para conteúdos brasileiros do canal online Netflix – estes encontros trazem aprendizados para os dois lados. “De minha parte fiquei surpreso com o volume de produtos que acessamos aqui e o produtor, por sua vez, passa a perceber uma nova maneira de chegar nesse mercado que vem mudando rapidamente nos últimos anos”, reflete.

Cada rodada de conversa dura 20 minutos com cada produtora. Ontem pela manhã, em sua mesa, Sato, por exemplo, já tinha diversos trabalhos deixados pelos realizadores com quem conversou. “Num segundo momento, vou ver esse material, por umas três semanas, e depois fazer novos contatos com eles; talvez discutir sua aquisição ou distribuição”, adiantou.

Para a realizadora Maria Pessoa, da Blue Produções, participando do 1º Market.mov, a oportunidade de aprendizado aqui é imensa. “É um mercado ernome, que tem seus critérios próprios de acessar produtos audiovisuais. Estamos tendo dicas aqui para chegar nas pessoas certas, como chegar nestas pessoas e como apresentar nosso material”, pondera.

Já para o cineasta Tião, da Trincheira Filmes, a sensação é de que os encontros podem realmente gerar frutos concretos. “Essa etapa [de acessar o mercado] do audiovisual, não nós é muito próxima. As conversas têm ajudado a entender melhor seus mecanismos”, encerrou.

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