Parece que foi ontem que a equipe da Farache Comunicação arregaçava as mangas para por na tela um festival audiovisual aqui no Recife – e em toda a América Latina – dedicado exclusivamente ao gênero stop motion; aquela em que objetos inanimados (ou mesmo vivos) ganham movimentos específicos quando capturados em imagens quadro a quadro. De hoje até sábado, o Festival Internacional Stop Motion apresenta sua 3ª edição. Está mais rechonchudo, com novidades e cada vez mais disputado.

Para começo de conversa, mais de 200 títulos, oriundos de 38 países, tentaram ingressar nesta edição. “Esses números mostram a boa aceitação do festival no exterior. Tivemos de fazer uma natural triagem e o resultado é que vamos exibir 70 bons filmes, sem falar na mostra dos convidados que também estamos promovendo”, conta a jornalista e produtora Ana Farache.

Um deste convidados é ninguém menos que o britânico Barry Purves, indicado ao Oscar em 1993 pelo curta-metragem “Screen Play”. Além de uma retrospectiva de seu trabalho, Purves oferece às 14h de amanhã na sala Aloísio Magalhães, na Fundação Joaquim Nabuco do Derby, uma master class – espécie de palestra comentando seus trabalhos e metodologia.

Purves, que ontem foi conhecer Porto de Galinhas, comentou que gosta bastante dos títulos que conhece e estão presentes na seleção deste 3º Stop motion, e que está curioso para ser apresentado aos outros trabalhos. “Ano passado, ele foi premiado em nosso festival com o filme “Tchaikovsky: Uma Elegia”, e decidimos arriscar fazendo-lhe um convite de vir este ano. Qual foi nossa surpresa quando ele aceitou, mesmo com uma agenda tão cheia”, destacou Farache.

Ela lembra também que todas as vagas para a maste class já estão reservadas. “Quem for sem ter feito a reserva terá de torcer para haver algum faltoso”, avisa. Mas já hoje, Purves também bate um papo com os espectadores logo após a sessão, às 19h30 no cine São Luiz, de seus curtas “Next”, “Screen Play”, “Rigoletto” e “Plume”.

Outra novidade que tem deixado a produtora orgulhosa é a inserção da mostra especial de filmes com audiodescrição. A produção selecionou títulos que contemplam os melhores momentos das duas edições anteriores. “A coordenação está sendo feita por Liliana Tavares e estamos fazendo um trabalho de sensibilização deste público especial. Mas nosso desejo é que este público no futuro surja espontaneamente. A sessão, às 14h da quinta-feira no Cinema da Fundação, terá cerca de 15 filmes somando quase 60 minutos de duração”, adiantou.

Ainda na pauta uma oficina para o público infantil (na Fundaj, Derby) ministrado por Maurício Nunes e Adriana Mota; além da oficina (na Universidade Católia de Pernambuco) “do roteiro a pós-produção” para filmes em stop-motion. Quem ensina aqui são Donato Di Carlo e Carlo Paolillo, que vieram de Milão. Todas as atividades para este 3º Stop Motion têm entrada franca. Mais detalhes na página (brasilstopmotion.com.br/2013).