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Críticas

Última Viagem a Vegas

Se for idoso e beber, não case

Por Luiz Joaquim | 06.12.2013 (sexta-feira)

Com um elenco que reúne Robert De Niro, Morgan Freeman, Michael Douglas e Kevin Kline fica difícil o desavisado transeunte dos multiplex desconfiar que “Última Viagem a Vegas” (Last Vegas, EUA, 2013), de John Turteltalb, não seja interessante. E ele, o filme, o é.

No ambito geral “Última Viagem…” é medíocre, seguindo a cartilha de Hollywood que insiste em nos dar uma óbvia lição de vida, com um personagem que não tem jeito mas… toma jeito nos últimos minutos da história.

Aqui ele é Billy (Douglas), o milionário dos quatro amigos que são fieis a esta amizade já há 60 anos. Prestes a completar 70 anos de idade, Billy vai casar pela primeira vez. Sua noiva tem 31. Para a cerimônia na pecaminosa Las Vegas ele convida Archie (Freeman) e Sam (Kline); e os incube de convencer o emburrado Paddy (De Niro) a ir também.

Uma vez lá, todos conhecem a cantora Diana (Mary Steenburgen), que irá mexer com os alicerces do garanhão Billy e com a tristeza de Paddy, que acha que sua vida terminou com a morte da esposa.

Tendo “Se Beber não Case” como uma forte referência, a verdadeira graça de “Última Viagem…” está no desenho dos personagens que parecem ter sido criados especificamente para os atores.

Para quem acompanha a carreira dos quatro protagonistas, o conquistador Billy se parece com Douglas, o bagunceiro relaxado combina com Freeman, o violento e implicante Paddy não poderia ser outro senão De Niro, e o sem-noção ansioso por sexo tinha de ser Kline.

Kline, à propósito é dono dos melhores momentos do filme. É um prazer revê-lo numa comédia, campo onde ele domina o timing como talvez, de sua geração, só Bill Murray consiga.

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