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Festivais

17o Tiradentes (2014) – noite 5

Lisandro Nogueira desenhou melhor cenário para a Cinemateca Brasileira

Por Luiz Joaquim | 30.01.2014 (quinta-feira)

TIRADENTES (MG) – Alguns daqueles festivais de cinema, entre as duas centenas de eventos do gênero que acontecem anualmente no interior do Brasil, poderiam fazer um curso intensivo com a Mostra de Cinema de Tiradentes. Em sua 17a edição o festival da Universo Produção consegue impregnar a histórica cidade mineira por nove dias com o espírito da cinefilia, lotando quase todas as sessões que promove nos três espaços de exibição de filmes.

São eles o Cine-Tenda – a principal estrutura com cerca de 700 lugares, refrigeração e projeção com qualidade DCP -, o Cine-Praça – estrutura ao ar livre em pleno Largo das Forras -, e o auditório do Sesi (120 lugares), no Centro Cultura Yves Alves, onde também acontecem os seminários e algumas poucas sessões especiais.

Mesmo com sessões disputando público entre si, pela simultaneidade dos horários, todas são concorridas – e gratuitas -, fazendo com que nenhuma programação seja desprestigiada de boa platéia.

O cineasta carioca Cavi Borges, por exemplo, comentou que a exibição sábado na praça de “Cidade de Deus: 10 Anos Depois”, documentário que dirigiu com Luciano Vidigal, foi uma das mais bonitas de sua inicial trajetória. A Mostra calculou cerca de 500 pessoas presentes só ali, aumentando o recorde de ocupação do espaço público.

Importante lembrar que, pelo espírito experimental dos títulos exibidos aqui, algumas sessões podem ser desafiadoras para o espectador menos paciente. As desistências entre estes, entretanto, não acontecem, como provou na noite de terça-feira a exibição do longa-metragem mineiro “O Bagre Africano de Ataléia”, de Aline X e Gustavo Jardim.

O interesse deste segundo titulo, em competição pelo programa Aurora, está nos costumes na região mineira do titulo, a partir da cultura em torno do Bagre, peixe com histórias já folclóricas no local.

SEMINARIO
A mesa “Perspectivas para o Audiovisual Brasileiro em 2014: Políticas Públicas da SAV” reuniu ontem, Lisandro Nogueira, presidente da Cinemateca Brasileira, e Mário Borgneth, secretário do Audiovisual, para discutir os rumos do setor neste ano.

Nogueira, que assumiu o cargo em outubro após um ano de crises na Cinemateca, garantiu que a instituição não está mais em estado de emergência. Borgneth completou: “A Cinemateca saiu da UTI, mas ainda precisa de cuidados”.

Apesar das boas perspectivas apresentadas, Borgneth lembrou que 2014 será um ano atípico devido à Copa do Mundo e às eleições. Mesmo assim, revelou planos como a ampliação do projeto Programadora Brasil, do Cine Mais Cultura e a política de incentivo a festivais de cinema.

SEVERIEN – Ontem foi o dia da projeção do curta-metragem pernambucano “Rodolfo Mesquita e as Monstruosas Máscaras de Alegria e Felicidade”, de Pedro Severien. O filme exibiu no programa não-competitivo Panorama. O titulo mostra as condições ridículas e errantes do ser-humano sob a ótica do artistas no titulo.

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