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Críticas

Uma Aventura Lego

Pelo direito de desmontar

Por Luiz Joaquim | 07.02.2014 (sexta-feira)

Há uma irritante pobreza na recorrência dos temas infantis que Hollywood escolhe para retratar suas histórias. Ela chega hoje numa nova roupa chamada “Uma Aventura Lego” (The Lego Movie, EUA, 2014), de Phil Lord e Christopher Miller. Construído a partir do universo e lógica do popular brinquedo da marca Lego, com seus encaixes e infinitas combinações, o filme apresenta o heroi Emmet, um operário comum deste mundo onde tudo é perfeito. E é feliz assim.

Mas, após ser confundido com uma pessoa especial por ter acidentalmente encontrado uma peça que pode impedir o vilão, o Sr. Negócios, de colar todas as peças ao redor, Emmet fica triste quando se dá conta que é, na verdade, um pessoa comum. Com a inserção da heroína Mega Estilo, o ingrendiente “romance” entra em campo e empurra nosso héroi a realmente se tornar um herói e daí conquistar a garota, que na verdade namora Batman.

Sim, o Batman. É aí que reside todas as gracinhas do filme. Ela está na possibilidade de vermos todo um universo de referências culturais, seja pop ou clássica, em formato de bonequinhos Lego. Estão lá Cleopátra, Michelangelo, Super-homem, Dumbledore, Tartarugas Ninjas ou ainda a unicornio UniKitty. Todos têm espaço aqui.

Num ritmo um tanto acelerado mesmo para o dententor de uma ótima capacidade cognitiva, este “Uma Aventura Lego” mais cansa que diverte, e deixa um gosto de deja vu que lembramos tão bem lá atrás, há 19 anos, no primeiro “Toy Story”, quando combinou o universo dos brinquedos com o dos humanos.

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