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Reportagens

Fundaj homenageia Spencer

Sessão oferece pequeno recorte de seus filmes

Por Luiz Joaquim | 22.03.2014 (sábado)

– foto cortesia de Hesíodo Goes, 2010.

Ninguém duvida que Fernando Spencer, falecido na última segunda-feria, mereça toda sorte de homenagens pelo legado que deixou à cultura pernambucana. Hoje acontece uma delas no Cinema da Fundação Joaquim Nabuco, que oferecerá a sessão “Para Fernando Spencer”, com entrada franca, às 16h10, projetando cinco de seus curtas-metragens.

É uma oportunidade, cada vez mais rara, de ver seus filmes no local para onde eles foram concebidos: uma sala de cinema. Dois dos títulos, na programação de hoje, “Evocações: Nelson Ferreira” e “Trajetória do Frevo” (ambos de 1987) serão exibidos em seus formatos originais, película 35mm.

As cópias estão sob os cuidados da própria Fundação Joaquim Nabuco, que adquiriu em 2010 o direito de guarda das obras do cineasta. Em função de requerer cuidados pelo seu estado frágil, os outros títulos da sessão – “Valente É o Galo” (1984); “Capibaribe” (1982); “Almery & Ari” (1981); e “História de Amor a 16 Quadros por Segundo” (1992, co-dirigido com Amin Steple) – serão projetados no formato DVD.

O pequeno recorte montado aqui, entre as mais de duas dezenas de obras criadas pelo Cineasta das Três Bitolas, apresenta dois dos principais temas que marcaram sua filmografia: o interesse pela cultura pernambucana em suas diversas expressões, em particular a música, e o Ciclo do Recife – período entre 1923 e 1931 que gerou diversas “fitas” de ficção.

Em “Almery & Ari”, o diretor conta a história de amor de um vida inteira entre os dois protagonistas do Ciclo, que precisaram casar de verdade para fazer a cena do beijo em “Aitaré da Praia” (1925). Em “Históra de Amor a 16 Quadro”, Spencer e Amin fazem uma revisão da agitação cinematográfica local nos anos 1920. Já com “Evocações…” e “Trajetória do Frevo” é o sonoridade e a alegria pernambucana que entra em destaque, incluindo depoimentos de Nelson Ferreira e Capiba.

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