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Festivais

18ª Cine-PE (2014) dia 3

Cezar Maia lança seu primeiro longa-metragem

Por Luiz Joaquim | 28.04.2014 (segunda-feira)

Hoje o 18º Cine-PE: Festival do Audiovisual exibe o único longa-metragem pernambuco em competição desta edição 2014. O documentário “Corbiniano” vem da produtora Ateliê, que já soma 12 anos de história em Pernambuco. Mas, agora, o trabalho vem com o nome de seu sócio-diretor, Cezar Maia, assinando este que é também seu primeiro longa-metragem.

É, portanto, um dia especial para Cezar, mais conhecido como produtor, exceto por alguns curtas-metragens que assumiu a direção; como o experimental “Sentido Horário”, curta-metragem exibido ano passado na mosta do 8ª Cine-OP (MG).

Mas, por que estrear focando a obra do artista plástico olindense, conhecido por suas belas esculturas longilíneas em alumínio fundido? O realizador conta que ali por 2010, Sandro Lins, neto do artista, chegou a sua produtora interessado em criar um registro audiovisual sobre o trabalho do avô.

“Ele veio com um livro que apresentava as obras do artista. Foi quando me dei conta que já conhecia algumas daquelas peças. Eu só não sabia que eram de Corbiniano”, recorda. Mais do que isso, Cezar percebeu que havia um volume muito grande de suas obras na paisagem recifense.

“A gente encontra suas esculturas no prédio dos Correios, na Praça do Diário, na Rua 7 de Setembro, nos prédios do Sesi [Serviço Social da Indústria], nos supermercados da rede Bompreço, em agências do Banco do Brasil, e em outros diversos prédios públicos. Ou seja, Corbiniano é parte integrante de nosso cenário urbano e o corre-corre do dia-a-dia não deixa a gente parar para admirá-lo”, resume.

Os recursos levantados para a produção do filme, via Funcultura, eram originalmente para realizar um curta-metragem, lembra Cezar, mas a pesquisa cresceu demais. “Temos bons depoimentos de alguns fraquinhos”, brinca Cezar, “Eles são conhecidos de Corbiniano da época do Ateliê Coletivo de Olinda, como Samico, Zé Cláudio, Tereza Costa Rego, João Câmara”, adianta.

“Fizemos também uma mesa redonda com outros artistas que não o conheceram necessariamente, mas deixaram-se influenciar pela beleza da obra de Corbiniano”, diz o diretor. Entre estes, aparecem João Lin, Rinaldo, Beth da Matta, Amelia Couto e Raul Córdola.

PORTUGUÊS – Antes da sessão de “Corbiniano” acontece a exibição de seu concorrente, o documentário português “E Agora? Lembre-me”, de Joaquim Pinto. O filme é uma espécie de caderno de anotações dos 20 anos com os quais Joaquim Pinto convive com o HIV. O documentário quer promover uma reflexão sobre o tempo, a memória, as epidemias e a globalização.

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