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Críticas

Divergente

Mais uma saga juvenil com duração de três anos

Por Luiz Joaquim | 17.04.2014 (quinta-feira)

A partir de hoje, centenas de milhares de adolescentes no Brasil irão conhecer Tris (Shailene Woodley) nas salas de cinema. E é muito provável que eles tornem-se fãs dessa garota especial que vive num futuro indefinido; e que essa pre-fabricada adoração por ela dure exatos três anos. Isto porque Tris, a protagonista do filme “Divergente” (Divergent, EUA, 2014), de Neil Burger, estreando hoje, voltará a ser vista a frente das sequências “Insurgente” (2015), “Convergente: Parte 1” (2016) e “Convergente: Parte 2” (2017).

Criado a partir do livro homônimo de Veronica Roth, este volume um da mais nova franquia hollywoodiana é um tanto extensa em seus 139 minutos. A extensão é compreensível uma vez que o roteiro de Evan Daugherty e Vanessa Taylor tem duas missões aqui. Como em qualquer primeiro filme, a primeira missão é contextualizar um universo que nós é estranho, e depois criar um conflito que justifique o heroísmo da protagonista.

Sobre esse mundo estranho, ficamos sabendo que o que vemos é aquilo do que restou de Chicago num futuro catastrófico. Lá, em nome da harmonia e paz da comunidade, ela é dividida em cinco facções que vivem juntos em função dos valores em que acreditam: Eles formam a Audácia (seriam o equivalente aos militares de um pais), a Abnegação (algo como os hippies), a Erudição (os cientísticas e políticos), a Amizade e a Sinceridade. Há ainda os sem-facção, são os rejeitados daquele sistema, equivalentes aos nosso mendigos.

Ao completar 16 anos anos, os jovens precisam fazem uma espécie de teste vocacional para decidir por si próprios para onde irão viver o resto de suas vidas. Se decidirem sair da facção de origem, perdem o contato com os pais, pois o lema ali é “facção antes do sangue”. Ao fazer o teste, Tris descobre que ela se sairia bem em qualquer facção. Ela é uma “divergente” e por não se deixar dominar por nenhuma autoridade, é considerada uma ameaça passível de ser assassinada.

Tendo de manter este segredo até dos próprios pais (Ashley Judd e Tony Goldwin), Tris consegue ingressar na Audácia e passa pelos treinamento inicial, quando conhece seu instrutor, e depois par romântico, cujo nome é Quatro (Theo James). Até aí “Divergente”, o filme, consegue manter seu interesse em bom ritmo. Quando entra na sua segunda “missão”, já ao final, o filme enfraquece e torna-se mais do mesmo pelas soluções rápidas com a qual resolve o conflito contra a lider (Kate Winslet) da Audácia, que planeja tirar da Abnegação o controle sobre toda a cidade.

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