É um Imax mesmo?
Por que o Imax vale a pena?
Por Luiz Joaquim | 03.04.2014 (quinta-feira)
Não importa se é FakeMax, MiniMax ou BabyMax, a nova sala de cinema do Recife, gigantesca, é forte aliada do cinema sensorial. Depois de especulações em torno de uma data de lançamento, de tamanhos de tela e de potência de som, A cidade finalmente recebe um cinema da canadense IMAX Corporation, e os ansiosos espectadores poderão conferir, a partir de sexta, uma mostra do que uma sala bem equipada e calibrada com um som de estremecer as cadeiras pode proporcionar. O formato já existe desde 1968, e depois de mais de 45 anos, estes monstros tecnológicos chegam por aqui em versões compactas, mas não menos impressionantes.
Falei de monstros porque as salas IMAX mais antigas e maiores são imensas abóbadas que cobrem 100% da visão do espectador, versões épicas dos antigos cinemas 180º que assistíamos em parques de diversões em outros tempos. Imagine você assistindo a uma imagem projetada em um domo de 1.100 metros quadrados sobre sua cabeça, afundado numa poltrona, intimidado por imagens aquáticas ou espaciais.
A popularização do formato, que antes se destinava à exibição de documentários, se deu em versões menos ambiciosas e mais comerciais, com um esquema mais próximo de uma sala de cinema tradicional. Os Blockbusters, com algumas cenas filmadas no formato, passaram a fazer parte da programação IMAX.
Aí veio a explosão mundial. Em 2011, numa viagem a Londres, fiz questão de conhecer o BFI IMAX, no centro da cidade. Sabia que não era estilo redoma, mas tinha uma tela gigante de 26 metros de largura ( O IMAX do Recife tem 20 metros). Fiquei impressionado com a qualidade da imagem, mesmo estando bem próxim à tela. A estrutura não era no formato dome, mas a visão era coberta em quase 80%, intensificando o efeito 3D.
Em telas pequenas, é óbvio que os objetos que saltam aos olhos tem seus limites no quadro. Mas tente imaginar esse mesmo quadro cobrindo seu campo de visão em quase sua totalidade. Os limites deixam de existir, e o envolvimento é bem mais eficiente.
Na sala Kinoplex UCI IMAX recifense, experimentei sensação parecida de imersão, mesmo em uma tela menor. Existe uma vinheta de contagem regressiva bem simples, com efeitos de luz e reflexos, já tradicional do IMAX, exibida logo no início. Ela pode ser encontrada no youtube, mas é preciso experimentá-la na sala.
Esta introdução dá uma pista do que a tecnologia é capaz de fazer. Os números avançam na direção do espectador, e um vórtice que parece ter quilômetros de profundidade se abre bem à frente. É um efeito vertiginoso que apenas uma tela imensa como a do IMAX pode proporcionar.
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