X

0 Comentários

Festivais

3o. Olhar (2014) – dia/noite 7

Espaço ao cinema periférico

Por Luiz Joaquim | 05.06.2014 (quinta-feira)

CURITIBA (PR) – Argélia, Ucrânia e Grécia são alguns dos países cuja cinematografia é rara de se ver no Brasil. E esta 3a edição do Olha de Cinema: Festival Internacional de Curitiba tratou de sanar tal deficiência.

Do último país, vimos na competição do Paraná “September”, o segundo longa-metragem de Penny Panayotopoulou, que também constou na competição de Locarno.

Aqui a diretora apresenta numa narrativa clássica e em inteligente fotografia cinemascope a história triste e assustadora da solitária Anna (Kora Karvouni), que apos perder seu único amigo, a cadela Manu, passa a incomodar uma família feliz da vizinhança numa busca atrofiada de afeto. A bela condução do filme e ótima performance de Karvouni só é afetada pelo desfecho simplório da obra.

Curiosamente a produção ucraniana, assim como a grêga, não deixa transparecer no enredo os gritantes problemas sociais dos dois países. Em “Zelena Kofta” (Jaqueta Verde), de Volodymyr Tykhyy, a adolescente Olia (Oleksandra Petko) se distrai e perde o irmão de 7 anos na praça em frente a sua casa.

Menos interessado no desfecho do menino, o enredo concentra-se mesmo é no crescente ódio de Olia pelo suspeito do seqüestro e no constante ambiente hostil em que cresce a adolescente entre os pais separados.

Já o argelino, “Zeny Revolution”, de Tariq Teguia, foi incisivo em tocar em questões tensas ao cobrir confrontos comunitários no sul de seu país de origem. O roteiro acompanha o jornalista Ibn Battuta (Fethi Ghares) que investiga insurreições contra o califa islâmico Abbasid Caliphate. O filme tem sido lembrado aqui também pela sua deslumbrante fotografia.

Mais Recentes

Publicidade

Publicidade