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Festivais

6º Paulínia (2014) – noite 1

Estrelas internacionais brilham na abertura

Por Luiz Joaquim | 24.07.2014 (quinta-feira)

PAULINIA (SP) – Com a agenda pesada em função de, pela primeira vez, agregar convidados internacionais, a noite de abertura do 6o Festival de Cinema de Paulina (ou o “Paulínia Film Festival”, como agora se denomina) iniciou com duas horas de atraso. Mas a demora não pareceu incomodar tanto os mais de 1.300 pessoas que ultrapassaram a capacidade do Theatro Municipal de Paulínia na noite de terça-feira.

Com os atores Marcos Caruso e Vera Holtz como mestres de cerimônia, a noite abriu com todos os filme concorrentes – longas e curtas-metragens – apresentados por um clipe. Foram vistos também trechos dos sete filmes que recebem por aqui sua première no Brasil. São filmes que em breve estréiam nos cinemas, sendo distribuídos pela paulista Imovision, de Jean-Thomas Bernardini, cuja empresa foi homenageado por aqui pelos seus 25 anos de atuação.

No palco, o suíço Georges Gachot Martinho da Vila (de “O Samba”), Tony Gatlif e Delphine Mantoulet (de “Geronimo”), Jacqueline Bisset e Abel Ferrara (“Bem vindo a Nova York”), e o garoto Mathéo Boisselier (de “As Férias do Pequeno Nicolau”), além dos produtores da distribuidora internacional Wild Bunch, elogiaram ferrenhamente a coragem e o apoio de Bernardini em fazer o cinema de autor circular pelo Brasil.

“Fiquei passado, pensei que eles subiriam aqui para falar de seus filmes e não de mim. Temos que lutar constante por espaços para filmes como estes continuarem circulando. Mas não é o momento de fazer queixas e sim celebrar”, pontuou Bernardini.

Sua fala casou com a do ator Danny Glover (o astro de “Máquina Mortífera”), homenageado na sequência. “Precisamos dos artistas para nos proteger das máquinas. E ser lembrado fora do nosso pais é ainda mais gratificante, porque é uma prova da força e da importância das imagens que criamos”, agradeceu.

Já passando das 22h30, “Não Pare na Pista: A Melhor História de Paulo Coelho”, estreia de Daniel Augusto dirigindo um longa, teve início a sua primeira exibição no Brasil.

Com Júlio Andrade (de “Gonzaga: De Pai para Filho”) na pele do famoso escritor em sua fase adulta, no Rio de Janeiro, e nos dias de hoje com forte maquiagem, na Suíça e Espanha, o filme também apresenta Ravel Andrade (irmão mais novo de Júlio, debutando no cinema), quando encarna Coelho na adolescência.

O longa procura abarcar o comportamento temperamental do jovem Coelho, quando desde jovem desejava ser um escritor, indo até o momento em que escreve seu maior sucesso – “O Alquimista” -, em 1987.

Apesar da boa ambientação de época e do empenho do elenco que se sai bem, “Não Saia da Pista” parece pecar na narrativa, quando deixa lacunas e pontos mal amarrados que deveriam dar comunhão a trajetória do personagem em várias fases de sua trajetória, que inclui internações psiquiátricas, brigas familiares, as drogas, a tortura, as mulheres e a parceria com Raul Seixas.

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