Aviões 2: Herois do Fogo ao Resgate
Guiado pelo piloto automático
Por Luiz Joaquim | 16.07.2014 (quarta-feira)
Chega amanhã aos cinemas, no piloto automático, “Aviões 2: Herois do Fogo ao Resgate” (Planes: Fire & Rescue, EUA, 2014), de Roberts Gannaway. Esta sequência quase que obrigatória criada pelo mercado cinematográfico – em função do sucesso do primeiro filme lançado há três anos – é tão preguiçosa que a sensação de déjà vu surge nos três primeiros minutos do filme.
Já nessa introdução sabemos que o herói Dusty não anda bem de saúde. O antes aviãozinho pulverizador de plantações e agora famoso pelo êxito do episódio anterior, quando venceu uma corrida intercontinental, tem uma peça – a caixa de distribuição (?) – danificada, de modo que não pode utilizar seu torque além dos 80% de sua capacidade. Caso contrário, ele cairá.
Em outras palavras, Dusty está com um problema no “coração”, e como seu “órgão” vital saiu de linha de fabricação, se pifar, não tem mais conserto. Revelado o indicador dramático logo no início, resta ao espectador esperar nos 81 minutos restantes da projeção o momento limite do herói e, claro, sua superação.
Impedido de competir nas corridas, Dusty resolve tornar-se um avião de combate a incêndios para reabrir a interditada pista de pouso de sua comunidade. Para isso, vai para o histórico Parque Nacional de Piston Peak treinar com uma equipe formada pelo helicoptero Blade Ranger, a superscoop Lil’ Dipper, o helicóptero de carga pesada Windlifter, o ex-militar de transporte aéreo Cabbie e os tratores Smokejumpers.
As dificulades são ferteis para ressaltar o esforço do herói, agora limitado pela “saúde”, e valorizar ainda mais sua coragem. Pela pespectiva infantil, o filme também não deve encantar, uma vez que seu protagonista e seus personagens satélites continuam carecendo de empatia tanto ou mais que no primeiro filme.
De (um pouco) diferente, percebe-se aqui uma maior presença e participação de automóveis no desenrolar da trama, interagindo mais com os aviões. É a tendência das duas franquias – “Carros” e “Aviões” – tornar-se uma única no futuro.
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