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O bom filho a casa volta – parte 3

Cinemark se realimenta de mais clássicos

Por Luiz Joaquim | 06.09.2014 (sábado)

Projeto de sucesso já comprovado, o “Clássicos Cinemark” lança hoje sua terceira temporada com a exibição às 23h55 de “O Poderoso Chefão 2” (The Godfather 2, EUA, 1974) de Francis Ford Coppola. O enredo que apresenta
as histórias paralelas do jovem Vito Corleone (Robert De Niro, oscarizad) na Itália do início do século 20 e de Michael Corleone (Al Pacino) assumindo o legado do pai nos EUA dos anos 1950 foi escolhido para abrir a programação que é talvez a mais interessante do projeto em função de sua diversidade desde o início do projeto.

Todos os títulos exibidos neste terceiro momento do projeto são tão distintos em estética e proposta temáticas quanto foram importantes cada um em sua época, no cenário mundial em que foram lançados. Dos seis filmes, cinco são clássicos inquestionáveis do cinema.

Além da sequência oscarizada de Coppola, temos Frank Capra (“A Felicidade Não Se Compra” dias 13, 14 e 17/09); Roman Polanski (“Chinatown”, dias 20, 21 e 24/09); Stanley Kubrick (“Nascido para Matar”, dias 4, 5 e 8/10); e Ivan Reitman dirigindo um roteiro de Dan Aykroyd, Harold Ramis e Rick Moranis (“Os Caça-Fantasmas”, dias 11, 12 e 15/10).

O sexto filme, “Ghost: Do Outro Lado da Vida” (dias 27 e 28/09 e 1º/10), dirigido Jerry Zucker, não tornou-se um clássico pelo reconhecimento da crítica, mas igualmente marcou época em seu lançamento em 1990. O público o adotou com carinho, e a indústria também. “Ghost” levou dois Oscars, o de roteiro original e um outro para a atriz coadjuvante Whoopi Goldberg. Os recifenses lembram bem da produção, que ficou em cartaz por sete meses ininterruptos no extinto Cine Veneza em 1991, sempre com sessões lotadas.

O outro filme mais pop da seleção, “Os Caça-Fantasmas”, completou 30 anos de seu lançamento há dois meses. Eternizado pela canção de Ray Parker Jr. (“Ghostbusters”), o filme que custou 32 milhões de dólares à época, rendeu quase 300 milhões nas bilheterias, tornando-se uma febre no mundo ao contar a história dos professores de parapsicologia Peter (Bill Murray), Ray (Dan Aykroyd) e Egon (Harold Ramis) que decidem abrir o próprio negócio como exterminadores de assombranções. Também no elenco Sigourney Weaver.

Outra história que parte de uma situação extraordinaria é “A Felicidade Não se Compra”, quando um anjo ajuda ao angustiado George Bailey (James Stewart, em estado de graça). George é um sujeito cuja vida foi, voluntariamente, levada a ajudar o próximo. Só no ápice do aperto, quando resolve dar cabo da própria vida, é que o anjo intervém e lhe revela como o mundo seria mais triste se ele não existisse. Lindo, deveria ser obrigatório para ser visto em época natalina.

O “Clássicos Cinemark” já exibiu 12 títulos desde seu início, em maio, e levou neste período quase 100 mil espectadores às salas do complexo. Quando deu entrevista exclusiva a Folha de Pernambuco antes de iniciar o projeto, Bettina Boklis, diretora de marketing do grupo exibidor, já anunciava que uma vez dando certo continuaria trazendo novos clássicos ao Brasil.

Com o sucesso registrado, hoje ela confirma que novidades virão por aí em novas temporadas. “Ficamos muito satisfeitos com a receptividade. A iniciativa tem atraído um público que vai aos cinemas para rever os seus filmes favoritos, além de jovens que têm pela primeira vez a oportunidade de ver os clássicos na tela grande. E a intenção é dar continuidade ao projeto”. Como de costume, as sessões acontecem sempre às 23h55 dos sábados, 12h30 dos domingos, e às 19h30 das quartas-feiras, ao preço de fixo de R$ 14 (inteira) e R$ 7 (meia).

“O Poderoso Chefão 2” (1974)
O filme deu o primeiro Oscar a Robert De Niro. Para se preparar o ator viveu na Sicília e o idioma falada pelos atores nas cenas de flashback não é italiano tradicional, mas uma combinação de diferentes dialetos do sul do País.

“A Felicidade não se Compra” (1946)
James Stweart foi indicado ao Oscar em 1947 pela sua performance como George Baily. Mas o ator quase não aceitou trabalhar na produção. A razão: queria descansar pois acabara de retornar de sua participação na 2ª Guerra Mundial.

Chinatown (1974)
Completando 40 anos, o filme concorreu a 11 Oscars em 1975, levou o de roteiro original. Seus bastidores são recheados de casos polêmicos, mas o resultado é inesquecível apresentando Jack Nicholson como o detetive que é enganado pela cliente Faye Dunaway na Los Angeles dos anos 1930.

Nascido para Matar (1987)
O penúltimo filme do mestre Kubrick pega pesado nos efeitos do treinamento militar americano. Para o papel do inesquecível Sargento Hartman, o diretor resolveu chamar o oficial R. Lee Ermey, que inicialmente era apenas um consultor militar. Lee levou o Globo de Ouro de ator coadjuvante.

Ghost: Do Outro Lado da Vida (1990)
Meg Ryan recusou interpretar a protagonista Molly. As atrizes Molly Ringwald e Nicole Kidman fizeram testes para o papel, mas ficou com Demi Moore por ser boa em chorar com o olhar fixo. Bruce Willis, então marido de Moore, recusou o papel (que ficou com Patrick Swayze) por acreditar que o filme não daria certo.

“Os Caça-fantasmas” (1984)
Fenômeno nos anos 1980, o filme já polemizava no trailer quando exibia um número telefônico real. Espectadores ligavam e ouviam a voz de Bill Murray e Dan Aykroyd dizendo “Ola, estamos caçando fantasmas neste momento”. Na época, o número recebia cerca de 1000 telefonemas por hora, 24 horas por dia por 6 semanas.

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